Bolsonaro chegou à capital por volta das 10h e desembarcou no Aeroporto da Pampulha. No terminal, nomes que fizeram parte do braço mineiro do planejamento pela reeleição o receberam para o início da carreata pela cidade.
O governador reeleito e coordenador da campanha Romeu Zema (Novo) e seu vice, Matheus Simões; o candidato à vice-presidência, Walter Braga Netto (PL); os deputados federais eleitos Nikolas Ferreira (PL), Bruno Engler (PL) e Marcelo Álvaro Antônio (PL); e os senadores eleitos Marcos Pontes (PL) e Cleitinho Azevedo (PSC) estiveram entre os nomes da política que recepcionaram e rodaram BH com Bolsonaro.
Além das lideranças políticas, outros apoiadores do candidato participaram do ato como o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe; a dupla sertaneja César Menotti e Fabiano; e lideranças religiosas que organizaram eventos de campanha com o presidente e a primeira-dama em Minas Gerais, os pastores Jorge Linhares e Daniela Linhares, da Igreja Batista Getsêmani.
No aeroporto, aliados de Bolsonaro mostraram confiança em uma vitória de Bolsonaro em Minas, estado que reproduz o resultado presidencial no cenário nacional desde as eleições de 1955. À reportagem Bruno Engler exaltou o apoio de Zema e Marcos Pontes falou
"A expectativa é excelente, tenho quase certeza que a gente virou aqui em Minas como um todo e tenho certeza que isso vai ser significativo para a campanha do Bolsonaro. Lá em São Paulo a gente também conseguiu uma distância grande em um estado bem denso, então são muitos votos. Estou muito confiante na vitória amanhã”, disse.
Por força da legislação eleitoral, que não permite que candidatos discursem na véspera da eleição, Bolsonaro não falou aos apoiadores e o ato ficou limitado à carreata e contato breve com os eleitores. Ele saiu da Pampulha em carro aberto e seguido por centenas de carros e motos até o Barreiro, onde mais pessoas o esperavam para percorrer o trajeto até a Praça da Liberdade, Região Centro-Sul da capital.
Da Avenida Álvaro Antônio, no Barreiro, Bolsonaro e aliados partiram em carreata até a Praça da Liberdade, onde mais pessoas esperavam a chegada do presidente. Com caixas de som, faixas e bandeiras do Brasil apoiadores de várias idades se dividiram entre clima de festa, frases de protesto contra o Poder Judiciário, ataques a Lula e arroubos religiosos.
A passagem de Bolsonaro pela Praça da Liberdade foi breve. Ele chegou dirigindo uma moto, como de praxe sem capacete, e com Nikolas Ferreira na garupa. O presidente desceu do veículo e circulou entre apoiadores antes de deixar o local, como determina a lei, sem fazer discursos.
Apoiadores em festa
Mesmo após a passagem, parte dos presentes permaneceram na praça. Ela contava com carros de som, vendedores ambulantes que vendiam bebidas, comidas e roupas.
Nas caixas de som, diversas músicas de Bolsonaro foram tocadas. Alguns dos apoiadores falaram, e o tom se repetia: ataques a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rival de Bolsonaro, e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Havia até sósias de Bolsonaro, Moraes e do empresário Luciano Hang na praça. "Voto no Bolsonaro porque ele é o melhor, e já virei alguns votos. Estou otimista que vamos ganhar amanhã", disse Lee Disney, sósia de Hang.
Cenário da disputa
O primeiro turno das eleições de 2022 foi realizado em 2 de outubro. Naquela data, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi escolhido por 48,43% dos eleitores, o equivalente a 57.259.504 votos. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, terminou com 43,20%, ou 51.072.345 votos.
De acordo com pesquisa divulgada pelo Datafolha na última quinta-feira (27/10), Lula lidera a corrida com 49% das intenções de voto contra 44% de Bolsonaro, considerando votos totais. Em Minas Gerais, o petista também está na frente, sendo apontado como preferência de 48% dos eleitores, ante 43% que votam pela reeleição do atual presidente. Neste sábado, o instituto divulga mais uma pesquisa.