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Estado de Minas PRAIA DA ESTAÇÃO

Blocos fazem carnaval pela democracia na Praça da Estação, em BH

Depois do ato de 'abraço à Contorno', realizado pelos apoiadores do candidato Luiz Inácio Lula da Silva militantes foram para a 'praia' na Praça da Estação


29/10/2022 16:44 - atualizado 30/10/2022 01:34

Foliões tomam banho na Praia da Estação
Blocos carnavalescos animaram ato de eleitores-foliões que apoiam o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (foto: Túlio Santos/EM D.A Press)

Às véspras da votação do segundo turno para presidente da República, centenas de eleitores e eleitoras, depois de participarem do ato de 'abraço à Avenida do Contorno', foram para a 'praia', na Praça da Estação, na Região Central de Belo Horizonte, para manifestar apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Blocos carnavalescos, que floresceram a partir da ocupação do espaço público em BH, deram o tom e o compasso com os tambores. O dia ensolarado aqueceu a disposição de extravasar a ansiedade com o resultado da votação no domingo (30/10).

O arte-educador Jovi Maia, ativista pela defesa da democratização do espaço público, destacou o simbolismo de os apoiadores de Lula escolherem a praça para o ato. "Este ato é muito simbólico, porque Belo Horizonte é fundada aqui. Na Estação Central, chegaram os trabalhadores as trabalhadoras que construíram a capital", afirmou, confiante na vitória do representante do Partido dos Trabalhadores.

Jovi relembrou que o movimento cultural de ocupação da praça teve início por ocasião de publicação de decreto proibitivo de uso de praças pelo então prefeito Márcio Lacerda. "A praça foi retomada pela força da cultura e da luta pelo espaço público. A Praça da Estação, um patrimônio protegido, é muito representativo da resistência por uma cidade que acolha a diversidade. É disso que o Brasil precisa". 

 

Gabriela Rezende na Praia da Estação
A arquiteta e urbanista Gabriela Rezende, de 29 anos, aproveitou o jato d'água do caminhão-pipa (foto: Túlio Santos/EM/DA PRESS)


A arquiteta e urbanista Gabriela Rezende, de 29 anos, aproveitou o jato d'água do caminhão-pipa, pago com uma vaquinha entre os frequentadores da praia, para se refrescar do calor, mas destacou que era também um "banho pela democracia". "Estamos vivendo dias delicados. Todo mundo está muito ansioso com a eleição. Está muito tensionada, mas é importante estarmos aqui reunidos para eleger Lula e transformar esse país. Não é pelo PT, mas para termos outro projeto de governo mais democrático".

O desenvolvedor Alexandre da Silva de Menezes Paiva, de 34, levou o pai para a Praia da Estação depois de muitos convites feitos sem o aceite paterno. O que fez o aposentado Antonio de Menezes sair de casa para ir ao ato público é a admiração que tem por Lula.  "É um cara que merece tudo só por ter sido um metalúrgico e ter chegado a chefe da nação duas vezes", afirma. E justificou o voto do segundo turno: "Lula é gente que merece a nossa gratidão, além de ser um político autêntico, é um excelente ser humano".

O filho lembrou que, embora o pai seja conservador em alguns aspectos, foi dele que herdou a admiração pelo Partido dos Trabalhadores. "Herdei dele a luta de classe e a consciência de classe também. A gente pode ganhar 10 mil, 20 mil, 40 mil, mas a gente é da base. Somos trabalhadores, e é isso que o Partido dos Trabalhadores representa." O jovem se emocionou ao ver o pai se divertir com os jatos d'água do caminhão-pipa. "Ele feliz dançando e molhando na praia da estação é bonito demais."

Luiza Ferreira abraça companheiro na Praia da Estação
A jornalista Luiza Ferreira Martins (de branco) destacou a importância da Praça da Estação para momentos democráticos da história brasileira (foto: Túlio Santos/EM/DA PRESS)


A jornalista Luiza Ferreira Martins, de 24, destacou a importância da Praça da Estação para momentos democráticos da história brasileira. "É um espaço democrático, lugar de muita luta também. A gente está sempre aqui. Estive aqui no 8 de março (Dia Internacional da Mulher). Estive aqui em outros movimentos também . Ocupar isso aqui é falar do direito da população à cidade de Belo Horizonte".

Ânimo não faltava para que os eleitores-foliões seguissem horas a fio na 'praia', mas, por volta de 15h, policiais militares pediram que o caminhão-pipa encerrasse os trabalhos. De imediato o pedido da polícia, que havia feito um acordo com os organizadores em relação ao horário de encerramento, foi atendido. Os manifestantes permaneceram na praça conversando e cantando.


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