O presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu adversário no segundo turno presidencial, de contar mentiras ao longo do debate da "TV Globo", ocorrido nessa sexta-feira (28/10). Neste sábado (29/10), durante encontro com apoiadores em Belo Horizonte, Bolsonaro afirmou, ainda, que já conseguiu inverter a vantagem de 563,3 mil votos conquistada pelo petista em Minas Gerais.
"Ele (Lula) não explicou nada, caluniou o tempo todo. Roubou inserções nossas e não explicou nada", disse, à "Rádio Itatiaia".
Bolsonaro e Lula trocaram acusações durante o último debate antes da abertura das seções eleitorais. De parte a parte, houve queixas a respeito do uso de mentiras para basear os argumentos.
Hoje, em BH, Bolsonaro liderou uma passeata com motos e carros que partiu do Barreiro e seguiu rumo à Praça da Liberdade, na Savassi. O presidente desfilou em carro aberto ao lado de apoiadores mineiros, como o governador Romeu Zema (Novo), mas chegou ao fim do cortejo pilotando uma motocicleta - na garupa, estava o deputado federal eleito Nikolas Ferreira, do PL.
"Obrigado, Minas Gerais. Obrigado, governador Zema, prefeitos e povo por esse apoio. Minas já virou. Vamos à vitória. (Estou) confiante na vitória", assegurou.
O presidente não pôde discursar ao eleitorado em BH. Isso porque a lei eleitoral veda comícios no dia anterior à eleição.
Aposta em Minas para inverter placar nacional
No primeiro turno, Lula ficou com 48,29% dos votos válidos de Minas. Bolsonaro, por sua vez, terminou com 43,6%. O estado é considerado estratégico porque, desde 1950, quando Getúlio Vargas foi eleito presidente sem vencer em solo mineiro, todos os outros ganhadores do pleito precisaram conquistar a maioria dos cidadãos de Minas para chegar ao governo federal.
Bolsonaro aposta no apoio de Zema para conquistar parte dos eleitores de Lula, eventuais indecisos e os brancos e nulos do primeiro turno. O governador mergulhou nas articulações pela reeleição do presidente e foi nomeado coordenador da campanha bolsonarista em Minas.
Como mostrou o Estado de Minas nesta semana, a cúpula do PL mineiro crê que, em caso de virada no estado, o empenho de Zema terá sido fundamental.