Um policial penal apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na tarde deste sábado (29/10) em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, por insultar, ameaçar e agredir pessoas que participavam de uma passeata de apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O homem estava em um bar quando a manifestação pró-Lula passou em frente ao local. No momento, ele começou a ofender uma mulher que integrava o evento. Embriagado, o policial a chamou de lésbica em razão do candidato escolhido para votar, atirou-lhe cerveja e ameaçou quebrar o carro dela. A vítima relatou o ocorrido nas redes sociais.
“Estacionei o carro, o cara veio e falou sai daqui. Vou quebrar seu carro se ficar aqui. Aí eu desci do carro e falei: como é que é? Ele falou: só pode ser lésbica. Quem é do PT só pode ser lésbica. Jogou cerveja no meu carro, jogou em mim”.
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O estudante Lucas Melo também esteve na delegacia da Polícia Civil para registrar ocorrência por homofobia contra o homem. Enquanto bandeirava na praça, ele relatou ter sido atacado verbalmente.
“O cara chegou até mim do nada perguntando quanto eu estaria ganhando por estar ali, me manifestando a favor da candidatura do Lula. Eu ignorei por diversão, vezes até pedi a ele para sair, pois o mesmo havia chegado para querer discutir. Como ignorei ele, aí que foi o ápice”.
A partir daí, Lucas ouviu palavras homofóbicas. “Foi quando chegou o meu namorado para me tirar dali. Eu fiquei sem reação e muito sem graça. Não imaginava passar por isso. Foi quando ele se dirigiu a mulher com os familiares, atirou cerveja contra ela”.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostraram o momento em que a Polícia Militar prendeu o bolsonarista e o colocou dentro da viatura. Conduzido à Delegacia de Polícia Civil, o agente de segurança pública prestou depoimento ao delegado de plantão e, em seguida, foi liberado.
Prisão
Vídeos que circulam nas redes sociais mostraram o momento em que a Polícia Militar prendeu o bolsonarista e o colocou dentro da viatura. Conduzido à Delegacia de Polícia Civil, o agente de segurança pública prestou depoimento ao delegado de plantão e, em seguida, foi liberado.
Procurada pelo Estado de Minas, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais informou que o fato ocorreu fora do horário de expediente do servidor. Portanto, conforme o órgão, não há no momento circunstância que requeira instauração de investigação preliminar ou apuração da conduta do agente pela Corregedoria.