A deputada federal Carla Zambelli (PL) teve a arma apreendida neste sábado (29) após perseguir um opositor político pelas ruas do Jardins, em São Paulo, e foi liberada em seguida por não ter infringido a lei eleitoral, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública).
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Na madrugada deste domingo (30), a Polícia Civil autuou em flagrante o segurança da parlamentar por disparo de arma de fogo. Ele foi identificado apenas como policial militar de folga e teve a prisão decretada. O segurança foi liberado após pagar fiança de um salário mínimo.
O segurança passou por exame residuográfico e foi constatado que ele disparou a arma durante perseguição ao jornalista Luan Araújo, 32.
A informação de que a Polícia Civil havia expedido mandado de prisão contra a parlamentar chegou a ser tuitado pelo deputado federal André Janones (Avante), sem confirmação.
Após prestar depoimento na delegacia, a deputada deu informação contrastante com a da polícia e afirmou que ainda estava de posse da arma e que iria levá-la ao votar, neste domingo (30). Ela também disse que usaria um colete à prova de balas na sua seção eleitoral.
Em entrevista à Folha, a Zambelli afirmou que estava almoçando com o filho de 14 anos, quando um grupo de pessoas a reconheceu e ficou do lado de fora.
Segundo a deputada, um homem, bastante exaltado, a ofendeu com palavrões e a chamou de prostituta. Além disso, de acordo com o relato, ela teria recebido uma cusparada e caiu no chão após ser empurrada.
"Eu estava almoçando com meu filho no bar, um homem começou a me xingar e falar que o Lula iria ganhar. Eu tenho porte federal de armas, até para ele parar", disse a deputada à Folha.
Um vídeo mostra o homem discutindo com Zambelli na calçada. A deputada cai no chão, levanta e sai correndo atrás dele junto com outro homem armado. É ouvido um disparo.
Ela afirma que queria que o homem parasse para que a polícia fosse acionada. Nesse momento, ela diz que alguém teria feito menção de sacar uma arma que estaria "velada" e fez um disparo para o alto.
"Com certeza , ficou gritando Lula, dizendo que Lula vai ganhar. Me chamou de burra, vagabunda, prostituta", contou. "Várias pessoas ficaram olhando, tenho como provar com testemunhas."
Na sequência, Carla atravessou a rua com a arma em punho, entrou no bar e mandou o homem deitar no chão. "Você quer me matar para quê?" pergunta o homem sob a mira da deputada.
O homem negro grita por socorro e depois foge correndo pela rua.