O diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, apagou neste domingo (30) publicação na qual pedia voto ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.
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A publicação foi feita horas depois de o PT protocolar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um pedido para que o tribunal adote providências para impedir uma possível atuação da PRF e da PF (Polícia Federal) em favor da campanha de Bolsonaro.
Gleisi Hoffmann, presidente do partido, escreveu em rede social que a campanha petista recebeu denúncias de que as duas corporações estariam sendo instrumentalizadas pelo governo para fazer operações com "objetivo eleitoral".
"Diante de quem nunca hesitou em usar o Estado contra adversários, estamos pedindo providências ao TSE, em nome da lisura da eleição", afirmou.
Na noite de sábado, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, proibiu a realização de operações da PRF contra veículos utilizados no transporte público de eleitores.
Na decisão, Moraes ainda afirmou que o descumprimento da decisão poderá acarretar a responsabilização criminal dos diretores das corporações por desobediência e crime eleitoral.
Ao longo deste domingo, a PRF descumpre a decisão de Moraes com abordagens em transportes públicos. Segundo números internos da PRF aos quais a Folha de S.Paulo teve acesso, o órgão já tinha realizado 514 ações de fiscalização contra ônibus até 12h35.
Neste domingo, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou com urgência que o diretor-geral da PRF dê explicação sobre operações policiais realizadas pelo órgão em transporte público de eleitores.
Na decisão, é citada uma publicação nas redes sociais de um vídeo na Paraíba de uma operação que, segundo o usuário, estaria "afugentando a população da zona rural" das urnas.
A ordem atende a um pedido feito pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que argumenta haver "instrumentalização da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal voltada a eventualmente interferir no processo eleitoral, durante o segundo turno das Eleições de 2022, no intuito de criar fatos políticos artificiais" em benefício do presidente Jair Bolsonaro (PL).