O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), garantiu que as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que priorizou veículos de transporte coletivo não impediu nenhum eleitor de chegar às sessões de votação.
O ministro ainda descartou a extensão do horário de votação nos locais onde a PRF instaurou as fiscalizações. "Não houve prejuízo aos eleitores. Nenhum ônibus voltou à origem", afirmou.
No sábado (29/10), o TSE proibiu qualquer ação militar que afetasseo transporte público de eleitores. Mesmo assim, a PRF descumpriu a decisão e centenas blitz foram feitas, principalmente em cidades da Região Nordeste.
O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, foi intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral a fim de prestar esclarecimentos urgentes sobre os motivos dessas operações policiais.
De acordo com levantamento realizado pela Folha de São Paulo, até às 12h35, a PRF havia realizado 514 ações de fiscalização voltadas a ônibus. Tal número é 70% superior às abordagens realizadas em 2 de outubro, quando ocorreu o primeiro turno das eleições.
O prefeito de Cuité, na Paraíba (PB), Charles Camaraense (Cidadania), denunciou, em vídeo, operação da polícia que estava "impedindo o povo de ir votar”.
Em outro registro, o prefeito de Jacobina, na Bahia, pede para que agentes da PRF parem as blitze no dia da eleição. "Nunca vi isso na minha vida", diz. Tiago Dias é mais um representante nordestino que afirma que a PRF tenta impedir a votação na região.
Na manhã deste domingo, Silvinei Vasques publicou nas redes sociais uma imagem em que pede o voto no presidente Jair Bolsonaro (PL). A postagem foi apagada pouco depois. A frase “Deixem o Nordeste Votar” está nos assuntos mais falados do Twitter.