Uma das marcas desta eleição presidencial foi a atuação dos prefeitos mineiros como cabos eleitorais. Como mostrou reportagem do Estado de Minas em 23 de outubro, muitos chefes de executivos municipais tomaram a linha de frente na busca de votos para os candidatos. No entanto, em pelo menos duas cidades - Francisco Sá, no Norte de Minas, e Itaúna, no Centro-Oeste - esse apoio não resultou em mais votos no segundo turno
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No segundo turno, o governador Romeu Zema (Novo) se aliou ao presidente Jair Bolsonaro e percorreu o estado conversando com prefeitos para tentar virar a eleição em Minas. A crença do governador era de que esses chefes municipais poderiam fazer a diferença a favor do candidato do PL.
Entrevistado pelo EM há duas semanas, o senador Alexandre Silveira (PSD) duvidou da eficácia dessa tática de Zema e apostou que dificilmente os prefeitos conseguiriam mudar o resultado. “Os prefeitos sabem que as eleições municipais estão logo aí à frente. Sabem, também, que o presidente ganhou em mais de 600 municípios mineiros. Dificilmente esses prefeitos vão querer travar uma batalha com seus eleitores, que deram uma larga vantagem a Lula na maioria desses municípios”, afirmou Silveira na ocasião.