Eleito senador por Minas Gerais com o apoio de Jair Bolsonaro (PL), que não conseguiu a reeleição, Cleitinho Azevedo (PSC) vai compor a oposição ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Embora tenha de cumprir mandato de deputado estadual até janeiro de 2023, Cleitinho já se prepara para assumir assento no Congresso Nacional em 1° de fevereiro. Apesar das críticas ao petista, o parlamentar diz não querer prejudicar o país e promete apoiar pautas governistas que considere positivas.
"Sou oposição, mas não prejudico e não faço mal a ninguém. Se tiver coisa boa para o país e para Minas, como as reformas Tributária e Política, não vou, nunca, atrapalhar. Nunca vou fazer isso", disse, ontem, em entrevista ao Estado de Minas.
Famoso na internet por publicar vídeos em que fiscaliza o cumprimento de serviços públicos, o deputado promete levar o espírito ao Senado Federal. A ideia de Cleitinho, nas próprias palavras, é "cobrar". Um dos pontos que o congressista eleito pretende reivindicar é a promessa feita por Lula no domingo (30). No discurso da vitória, o petista listou o combate à fome como "compromisso número um" de sua futura gestão.
"Vou cobrar. Sou povo. Brigo pela redução da gasolina, do preço dos alimentos e das contas de água e energia. Fui o cara que mais combateu isso e mais lutou pelo povo. Se ele vai fazer isso, vou ser o primeiro a cobrar (ações de combate à fome). É o que mais quero", garantiu.
Cleitinho venceu a eleição em uma onda que levou, ao Senado, outros políticos alinhados ao bolsonarismo. Em São Paulo, por exemplo, o escolhido foi Marcos Pontes (PL); no Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos) derrotou os rivais. O grupo do presidente levou a melhor, também, no Rio Grande do Sul, com a escolha popular por Hamilton Mourão (Republicanos), que vai deixar a vice-presidência do país no fim do ano.
O senador mineiro, que derrotou Alexandre Silveira (PSD), candidato à reeleição com o apoio de Lula, afirmou ainda não ter conversado com outros parlamentares à direita para tratar da atuação da oposição. E, apesar de descartar obstruir "o que for útil para o povo", reforçou o discurso anticorrupção que marcou a sua entrada na política, em 2016, como vereador de Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro.
"(O interesse) é ajudar. Mas, se tiver coisa errada e (Lula) fizer um governo como fez entre 2002 e 2010, farei minha função de fiscalizar e cobrar", pontuou.
Bolsonaro liderou toda a apuração em Minas, mas quando a totalização dos votos já estava 93% concluída, foi ultrapassado por Lula. Perdeu por 0,4 pontos percentuais - 50,2% a 49,8% para a chapa de oposição. Apesar do revés, o presidente conseguiu encurtar a distância para o rival no estado, uma vez que, na votação inicial, foi derrotado por mais de 4 pontos (48,29% a 43,6%).
Para Cleitinho, em que pese o placar negativo, a recuperação ilustra um trabalho "extremamente positivo" feito pelos aliados de Bolsonaro em solo mineiro. "Saímos de 563 mil votos (a mais) que Lula teve no primeiro turno e tivemos mais de 500 mil votos a mais desta vez (em relação ao desempenho de Bolsonaro no primeiro turno). A diferença, no final, foi de 49 mil".
A partir do próximo ano, a bancada mineira vai ter dois senadores ligados ao bolsonarismo. Isso porque, além de Cleitinho, há Carlos Viana, do PL. O outro representante do estado na Casa é Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Congresso.
Dos três, Cleitinho é o mais próximo a Zema. Ele promete atuação em conjunto com o governador. "Tudo o que eu puder fazer, usando minha representatividade a favor do estado, vou fazer. Estarei à disposição para ajudá-lo (Zema) e para ajudar toda Minas Gerais".
"Sou oposição, mas não prejudico e não faço mal a ninguém. Se tiver coisa boa para o país e para Minas, como as reformas Tributária e Política, não vou, nunca, atrapalhar. Nunca vou fazer isso", disse, ontem, em entrevista ao Estado de Minas.
Famoso na internet por publicar vídeos em que fiscaliza o cumprimento de serviços públicos, o deputado promete levar o espírito ao Senado Federal. A ideia de Cleitinho, nas próprias palavras, é "cobrar". Um dos pontos que o congressista eleito pretende reivindicar é a promessa feita por Lula no domingo (30). No discurso da vitória, o petista listou o combate à fome como "compromisso número um" de sua futura gestão.
"Vou cobrar. Sou povo. Brigo pela redução da gasolina, do preço dos alimentos e das contas de água e energia. Fui o cara que mais combateu isso e mais lutou pelo povo. Se ele vai fazer isso, vou ser o primeiro a cobrar (ações de combate à fome). É o que mais quero", garantiu.
Cleitinho venceu a eleição em uma onda que levou, ao Senado, outros políticos alinhados ao bolsonarismo. Em São Paulo, por exemplo, o escolhido foi Marcos Pontes (PL); no Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos) derrotou os rivais. O grupo do presidente levou a melhor, também, no Rio Grande do Sul, com a escolha popular por Hamilton Mourão (Republicanos), que vai deixar a vice-presidência do país no fim do ano.
O senador mineiro, que derrotou Alexandre Silveira (PSD), candidato à reeleição com o apoio de Lula, afirmou ainda não ter conversado com outros parlamentares à direita para tratar da atuação da oposição. E, apesar de descartar obstruir "o que for útil para o povo", reforçou o discurso anticorrupção que marcou a sua entrada na política, em 2016, como vereador de Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro.
"(O interesse) é ajudar. Mas, se tiver coisa errada e (Lula) fizer um governo como fez entre 2002 e 2010, farei minha função de fiscalizar e cobrar", pontuou.
Esforço mineiro faz Bolsonaro encurtar margem de Lula
Desde que ganhou o apoio de Bolsonaro para concorrer ao Senado, ainda em agosto, Cleitinho se engajou na campanha pela reeleição do presidente. No sábado (29), durante a última visita do concorrente à reeleição a Belo Horizonte, entregou a ele uma camisa do América nas cores verde e amarela. O grupo dos bolsonaristas mineiros, liderado por Cleitinho e pelos deputados Bruno Engler e Nikolas Ferreira (ambos do PL) ganhou, no segundo turno, o reforço do governador Romeu Zema (Novo).Bolsonaro liderou toda a apuração em Minas, mas quando a totalização dos votos já estava 93% concluída, foi ultrapassado por Lula. Perdeu por 0,4 pontos percentuais - 50,2% a 49,8% para a chapa de oposição. Apesar do revés, o presidente conseguiu encurtar a distância para o rival no estado, uma vez que, na votação inicial, foi derrotado por mais de 4 pontos (48,29% a 43,6%).
Para Cleitinho, em que pese o placar negativo, a recuperação ilustra um trabalho "extremamente positivo" feito pelos aliados de Bolsonaro em solo mineiro. "Saímos de 563 mil votos (a mais) que Lula teve no primeiro turno e tivemos mais de 500 mil votos a mais desta vez (em relação ao desempenho de Bolsonaro no primeiro turno). A diferença, no final, foi de 49 mil".
A partir do próximo ano, a bancada mineira vai ter dois senadores ligados ao bolsonarismo. Isso porque, além de Cleitinho, há Carlos Viana, do PL. O outro representante do estado na Casa é Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Congresso.
Dos três, Cleitinho é o mais próximo a Zema. Ele promete atuação em conjunto com o governador. "Tudo o que eu puder fazer, usando minha representatividade a favor do estado, vou fazer. Estarei à disposição para ajudá-lo (Zema) e para ajudar toda Minas Gerais".