A Polícia Rodoviária Federal (PRF) atualizou no fim da manhã desta terça-feira (01/11) o número total de manifestações em rodovias federais no Brasil. A atualização foi feita em um pronunciamento seguido de coletiva de imprensa, sem a presença do ministro da Justiça, Anderson Torres, e do diretor-geral, Silvinei Vasques. A corporação afirmou que eles estavam em reunião no Ministério da Justiça, em Brasília.
Segundo a PRF, até 10h30 desta terça, havia 267 pontos de manifestação ativos nas rodovias federais. São 42 de concentração, 136 de interdição e 89 bloqueios. Os manifestantes, entre caminhoneiros e demais motoristas, protestam pela derrota do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial deste ano, oficializada no último domingo (30).
Ainda segundo a PRF, já houve 306 desobstruções. O auge das manifestações se deu na noite dessa segunda-feira (31), com 421 pontos de obstrução nas rodovias. As multas aplicadas podem variam de R$ 5.869,40 a R$ 17.608,20
Desde a derrota, Bolsonaro não se pronunciou. Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes determinou na noite dessa segunda que a PRF deveria iniciar operações para desbloquear as rodovias. Ele também criticou a forma como a corporação lidou com as manifestações.
A PRF, por outro lado, afirma que as ações começaram já no domingo, com as primeiras manifestações. "Desde o início das manifestações, a PRF mobilizou seu efeito. Há uma estrutura montada desde as primeiras horas. Para garantir o trânsito livre e seguro, que é nossa missão princípia e constitucional", disse Marco Territo, diretor-executivo e substituto do diretor-geral da PRF.
Também de acordo com Territo, Santa Catarina, Pará e Mato Grosso são os estados com maior número de obstruções. Ainda segundo o integrante da corporação, o trabalho está sendo realizado com apoio da Polícia Federal (PF), Força Nacional, Polícias Militares (PMs) "de forma a restabelecer a ordem o quanto antes, liberar o trânsito nas rodovias e garantir o direito de ir e vir dos cidadãos".
Bolsonaro não conseguiu se reeleger e perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista teve 50,9% dos votos válidos no domingo contra 49,1% de Bolsonaro e governará o país de 2023 a 2026.