O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará da conferência sobre o clima COP27 no Egito, quase dois meses antes de tomar posse e substituir Jair Bolsonaro (PL), um cético em relação às mudanças climáticas.
"Ele irá (...) Ele está vendo a melhor semana para ir", disse em coletiva de imprensa Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), após se reunir com Lula em São Paulo.
Leia Mais
Bolsonaro faz pronunciamento, mas evita perguntas sobre derrota para LulaSem falar em derrota para Lula, Bolsonaro diz que vai seguir a ConstituiçãoLatino apaga post em que fala em encerrar carreira após eleição de LulaOuteiro das Brisas: veja o condomínio da Bahia onde Lula descansa com JanjaSamu é acionado para falso acidente durante protestos no Sul de MinasAl-Sissi espera que o Brasil desempenhe um papel "positivo e construtivo" na cúpula, afirmou ao fazer o convite.
Mais de 90 chefes de Estado e de governo comparecerão ao evento climático.
Cientistas do clima e ambientalistas reiteraram a importância dos resultados das eleições no Brasil, nas quais Lula venceu Bolsonaro por uma estreita margem (50,9% contra 49,10%).
O Brasil abriga a maior parte da floresta amazônica e o desmatamento disparou em mais de 70% durante o mandato de Bolsonaro.
Bolsonaro se tornou uma figura detestada pelos defensores do meio ambiente por seu apoio às atividades madeireiras e mineradoras em áreas protegidas da maior floresta tropical do planeta.
Durante seu governo, estas atividades e os incêndios florestais cresceram exponencialmente e a floresta amazônica começou a liberar mais carbono do que absorve, mostram pesquisas.
Embora o histórico ambiental de Lula não seja impecável, ativistas dizem que não há comparação entre ele e Bolsonaro.
Lula - que foi presidente entre 2003 e 2010 - disse após sua vitória que em seu novo mandato, que começará em 1º de janeiro de 2023, se esforçará para alcançar o "desmatamento zero".