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Estado de Minas SÃO PAULO

Presidente eleito, Lula participará da COP27 no Egito

Cientistas do clima e ambientalistas reiteraram a importância dos resultados das eleições no Brasil, nas quais Lula venceu Bolsonaro por uma estreita margem


01/11/2022 18:52 - atualizado 01/11/2022 20:15

Lula
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, para participar da conferência sobre o clima COP27 no país africano (foto: Danilo Verpa/Folhapress)
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará da conferência sobre o clima COP27 no Egito, quase dois meses antes de tomar posse e substituir Jair Bolsonaro (PL), um cético em relação às mudanças climáticas.

"Ele irá (...) Ele está vendo a melhor semana para ir", disse em coletiva de imprensa Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), após se reunir com Lula em São Paulo.

O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, convidou Lula para a conferência climática em Sharm el-Sheikh, que reunirá mais de 90 países entre 6 e 18 de novembro.

Al-Sissi espera que o Brasil desempenhe um papel "positivo e construtivo" na cúpula, afirmou ao fazer o convite.

Mais de 90 chefes de Estado e de governo comparecerão ao evento climático.

Cientistas do clima e ambientalistas reiteraram a importância dos resultados das eleições no Brasil, nas quais Lula venceu Bolsonaro por uma estreita margem (50,9% contra 49,10%).

O Brasil abriga a maior parte da floresta amazônica e o desmatamento disparou em mais de 70% durante o mandato de Bolsonaro.

Bolsonaro se tornou uma figura detestada pelos defensores do meio ambiente por seu apoio às atividades madeireiras e mineradoras em áreas protegidas da maior floresta tropical do planeta.

Durante seu governo, estas atividades e os incêndios florestais cresceram exponencialmente e a floresta amazônica começou a liberar mais carbono do que absorve, mostram pesquisas.

Embora o histórico ambiental de Lula não seja impecável, ativistas dizem que não há comparação entre ele e Bolsonaro.

Lula - que foi presidente entre 2003 e 2010 - disse após sua vitória que em seu novo mandato, que começará em 1º de janeiro de 2023, se esforçará para alcançar o "desmatamento zero".


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