Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

'Enquanto Bolsonaro não for claro, não vamos sair', diz líder protestante

Júnior do Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam), uma das lideranças das paralisações bolsonaristas em rodovias por todo Brasil, afirmou que os manifestantes não devem sair das ruas.



Para ele, o pronunciamento foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que falou pela primeira vez após ser derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Para ele, Bolsonaro não foi claro. As declarações foram postadas em um vídeo no Facebook.
 
“Não vimos o Bolsonaro de sempre, não vimos o nosso presidente da República”, disse Junior, que o descreveu como “claramente abatido, claramente lendo um texto com o qual não concorda”, disse. “Do jeito que ele falou, quando for provocado nos termos da lei, é isso que a população deve ao presidente nesse momento“, disse.

Para ele, a população precisa ir para as manifestações sem “cercear o direito de ir e vir, sem atrapalhar o direito de ir e vir, mas mantendo o nosso pessoal nas pistas, mantendo a união”.





“Enquanto Bolsonaro não for claro e pedir ‘caminhoneiros saiam da rodovia’, não saiam.
Ao falar pela primeira vez depois da derrota para o presidente eleito, Bolsonaro disse ser o “líder de milhões de brasileiros”.

Para Bolsonaro, a “direita surgiu de verdade em nosso país”. “Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças em todo o Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso”, seguiu.

O presidente agradeceu pelos 58 milhões de votos e mandou um recado para bolsonaristas que tomam as rodovias de todo o Brasil contra o resultado das eleições pedindo para que não façam como a “esquerda” e tirem o direito de ir e vir dos brasileiros.





“Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira. Muito obrigado”, disse. 

Lula teve 50,90% dos votos, contra 49,10% de Jair Bolsonaro (PL), se tornando pela terceira vez presidente eleito do Brasil.