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Estado de Minas GOVERNO BRASILEIRO

Quem estava com Bolsonaro no pronunciamento desta terça-feira (1°)

Presidente da República quebrou silêncio de quase 48 horas, mas não mencionou o nome de Lula, eleito para comandar o país a partir de 2023


01/11/2022 18:26 - atualizado 01/11/2022 18:57

Bolsonaro, ministros e aliados durante pronunciamento no Palácio da Alvorada
Bolsonaro se posicionou ao lado de aliados para quebrar o silêncio que passou a vigorar após a vitória de Lula nas urnas (foto: EVARISTO SÁ / AFP - 1/11/22)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ladeado por ministros e integrantes de seu círculo mais próximo nesta terça-feira (1°/11), durante os dois minutos em que discursou após quase dois dias de silêncio. Ao lado do presidente na sua primeira aparição pública desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estavam nomes como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente neste ano.

Bolsonaro não reconheceu a derrota para Lula, mas prometeu respeitar a Constituição. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), escalado para conduzir a transição presidencial pelo lado governista, também marcou presença. Bateram ponto, ainda, os ministros Joaquim Álvaro Pereira Leite (Meio Ambiente), Cristiane Britto (Mulher, Família e Direitos Humanos).

Presente, também, o ex-ministro Gilson Machado, que chefiava a pasta de Turismo, mas deixou o governo para se candidatar ao Senado Federal por Pernambuco. Apesar do apoio de Bolsonaro, ele, famoso por tocar sanfona durante lives do presidente, perdeu para Teresa Leitão (PT).

O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), um dos parlamentares mais fiéis ao presidente, também acompanhou o pronunciamento ao lado de Bolsonaro.

Apesar de não citar o nome de Lula, o chefe do poder Executivo federal fez menção às "quatro linhas" da Constituição Federal.

"Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira", disse.
O presidente agradeceu pelos 58,1 milhões de votos recebidos e defendeu o sentimento de "injustiça" que, segundo ele, baseia os bloqueios de estradas feitos por bolsonaristas inconformados com a vitória petista nas urnas.

"Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", pediu.


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