O STF (Supremo Tribunal Federal) disse, em nota oficial nesta terça-feira (1%u2070), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu o resultado final das eleições "ao determinar o início da transição".
O Supremo disse que "consigna a importância do pronunciamento do presidente da República" por esse motivo e também "em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios".
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O ministro Paulo Guedes (Economia) também está na reunião. Antes de entrar, ele disse que Bolsonaro "sempre jogou nas quatro linhas da Constituição".
Pronunciamento
Antes de ir ao STF, Bolsonaro fez pronunciamento no qual quebrou um silêncio de 45 horas depois do resultado do segundo turno, condenou bloqueios nas estradas por aliados e falou em indignação e injustiça com a eleição na qual foi derrotado pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral", afirmou o presidente, que leu o pronunciamento. Bolsonaro evitou classificar como violentos os movimentos de bloqueio nas estradas ou mesmo usar palavras negativas para descrevê-lo.
Na fala de cerca de 2 minutos no Palácio do Alvorada, disse ter enfrentando o que chamou de "sistema", não citou Lula em nenhum momento nem fez um reconhecimento claro sobre a derrota no último domingo (30). Mas, ao criticar o processo eleitoral, ele faz na prática um reconhecimento implícito à votação, dando-o como válido.
Mais cedo, Bolsonaro havia convidado os ministros do STF para uma reunião no Alvorada. Os magistrados, no entanto, não aceitaram e fizeram chegar ao presidente a mensagem de que só se encontrariam com ele após o reconhecimento da derrota no pleito.