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"Muitos caminhoneiros estão com medo. Então, eles não tentam forçar a passagem. A situação está difícil de controlar. A maioria está parada contra a própria vontade. Muitos estão aqui há horas e, quando tentam sair, são impedidos", afirma uma autoridade policial ouvida pelo EM, que preferiu não se identificar.
"Muitos caminhoneiros estão com medo. Então, eles não tentam forçar a passagem. A situação está difícil de controlar. A maioria está parada contra a própria vontade. Muitos estão aqui há horas e, quando tentam sair, são impedidos", afirma uma autoridade policial ouvida pelo EM, que preferiu não se identificar.
Diego Guimarães, de 36 anos, é um dos motoristas em "paralisação forçada". Ele conta que trafegava de Três Rios a Juiz de Fora para entregar uma mudança residencial e, por isso, não tinha intenção de parar no km 794 da rodovia.
"É um absurdo não deixar a gente passar. Tenho dois filhos recém-nascidos que estão em casa e dependem de mim. Eu vou tentar falar com eles novamente daqui a pouco. Eu tenho que passar. Não posso ficar aqui", reclama Diego, pontuando que está no local desde as 18h.
Ao menos dez motoristas relataram à reportagem situação semelhante. É o caso do caminhoneiro Jacson Pereira, de 42 anos, que vem de Antônio Carlos com destino a Juiz de Fora, e não conseguiu completar a viagem.
Ao menos dez motoristas relataram à reportagem situação semelhante. É o caso do caminhoneiro Jacson Pereira, de 42 anos, que vem de Antônio Carlos com destino a Juiz de Fora, e não conseguiu completar a viagem.
Ele chegou à cidade nessa segunda-feira (31/10) e parou na altura do km 794, onde ocorre o protesto, para pernoitar no pátio de um estabelecimento comercial. Na manhã desta terça, não conseguiu deixar o local.
"Por volta de 6h30, eu procurei vários deles que protestavam e pedi que liberassem nossa saída, mas eles não nos deixaram sair", pondera.
'Fraude' e 'comunismo'
"Não podemos aceitar o comunismo no Brasil", enfatiza o caminhoneiro Robson Tavares de Jesus, de 47 anos, que reside em Juiz de Fora e decidiu aderir à paralisação na rodovia. "Não acredito no resultado das urnas. O Bolsonaro de longe é a melhor opção. Por isso estamos aqui. Estamos lutando pelo nosso país", avalia.
O caminhoneiro Roberto Santos, de 40 anos, que segue de Belo Horizonte com destino ao Rio de Janeiro, está desde ontem às margens da BR-040. "A paralisação é a única forma de mostrarmos nossa força. Não somos bobos. A gente sabe que houve fraude nas eleições, pois o lado da direita nas ruas é muito maior do que o lado do Lula", avalia.
Além dos caminhoneiros, apoiadores do presidente Bolsoanro vieram de carro até o ponto de manifestação na rodovia para aumentar a ofensiva. Um deles é a engenheira de produção Tais Pinheiro Lucas, de 38 anos, que também reside em Juiz de Fora.
"Eu vim aqui hoje para dar força aos caminhoneiros e apoiar o presidente. Estou aqui pelas futuras gerações. O princípio básico é que a gente não concorda com a soltura e a candidatura do Lula. Não concordamos com a eleição e aguardamos as averiguações para ver se houve algum tipo de fraude", destaca.
Por fim, a engenheira pontua que, apesar do apoio ao presidente Bolsonaro, não se considera bolsonarista. "Protesto contra o resultado das urnas. Eu apoiaria qualquer um contra o Lula, mas, hoje, só o Bolsonaro pode tirá-lo, sendo o único que combate a esquerda. Então, faço frente aos nossos direitos. Não tenho ligação com políticos ou partidos", finaliza.
Por fim, a engenheira pontua que, apesar do apoio ao presidente Bolsonaro, não se considera bolsonarista. "Protesto contra o resultado das urnas. Eu apoiaria qualquer um contra o Lula, mas, hoje, só o Bolsonaro pode tirá-lo, sendo o único que combate a esquerda. Então, faço frente aos nossos direitos. Não tenho ligação com políticos ou partidos", finaliza.