Jornal Estado de Minas

OS DESCONTENTES

Bolsonaristas protestam com carreata e buzinaço em avenida de BH

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) fazem protestos contra a eleição de Lula para presidente nesta quarta-feira, (2/11) na avenida Raja Gabaglia, na Região Oeste de Belo Horizonte. O local escolhido foi o trecho em frente à Companhia de Comando da 4ª Região Militar, assim como acontece em outras cidades do país.





Os bolsonaristas questionam a vitória de Lula (PT) no segundo turno das eleições de 2022. A chuva fez com que a maioria deles optasse por participar da manifestação de dentro dos seus veículos, mas também é possível ver transeuntes com guarda-chuvas e capas no local.
 

Já na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul da capital mineira, onde também estava agendada uma manifestação, menos de 20 apoiadores se reuniram por volta de 9 horas da manhã, próximo ao coreto.

Interdições nas rodovias

Nas estradas, caminhoneiros fazem centenas de bloqueios e interdições parciais desde a noite de domingo (30/10). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), até a noite de ontem 190 interdições continuavam em vigor, divididas em 19 estados brasileiros, sendo Minas Gerais com 20 e Santa Catarina com 36.




Declaração de Bolsonaro

Nessa terça-feira (1/11), Bolsonaro falou pela primeira vez após o resultado do segundo turno da eleição de 2022, no qual o presidente mencionou os protestos nas estradas brasileiras. 

"Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", afirmou.

Decisão do STF

Na segunda-feira (31/11) o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a desobstrução das estradas pelos apoiadores. A decisão do órgão, inicialmente determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, foi validada pela maioria durante um plenário virtual convocado pela ministra Rosa Weber na madrugada de terça-feira.