A manifestação bolsonarista na avenida Raja Gabaglia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, chegou ao quinto dia nesta sexta-feira (4/11). Segundo a Polícia Militar, as pistas nos dois sentidos foram liberadas, mas os apoiadores do presidente seguem em frente à Companhia de Comando da 4ª Região Militar pedindo intervenção do Exército.
O local é ocupado por eleitores de Jair Bolsonaro (PL) que não aceitaram o resultado das urnas no domingo (30/10), com vitória de Lula por 50,9% dos votos válidos. A movimentação de pessoas causa lentidão no trânsito.
Leia Mais
PRF informa que todas as rodovias federais estão livres de bloqueios totaisGovernadores aliados de Bolsonaro atuam contra bloqueios de vias'Bloqueios na estrada atrasaram meu tratamento contra o câncer'Manifestação de bolsonaristas na Avenida Raja Gabaglia (4/11)Atos têm escalada de agressões contra imprensa, dizem entidadesSegundo defesa, assassinato no Nova Cintra teve causa em 'surto psicótico'Atos bolsonaristas: PM e Guarda Municipal discordam sobre liberação de viaManifestante é preso por importunação sexual em protesto bolsonaristaFreud explica: como psicanálise ajuda a entender reação de bolsonaristas Articulações podem fazer PL fechar com Lula e abandonar BolsonaroOs protestos começaram na segunda-feira (31/10). As pistas foram parcial ou totalmente fechadas ao longo da semana, contrariando um pedido do próprio Bolsonaro para desobstruir as vias.
Manifestantes usaram bandeiras pró-monarquistas, símbolo do Império do Brasil, que durou de 1822 a 1889. As cores representam a família real portuguesa.
Por causa da chuva, uma tenda chegou a ser montada ao redor de um ponto de ônibus. Quem precisava pegar transporte coletivo no local precisou esperar debaixo da água.
Por causa da chuva, uma tenda chegou a ser montada ao redor de um ponto de ônibus. Quem precisava pegar transporte coletivo no local precisou esperar debaixo da água.
Garantia do direito de ir e vir
Segundo Flávio Santiago, tenente-coronel da Polícia Militar, o ganho mais significativo desta sexta-feira (4/11) foi a garantia do direito de ir e vir com a liberação das vias.
“Como em toda manifestação, temos colisão de direitos, e o papel do encarregado de aplicar a lei é fazer com que tenhamos a redução de danos. A despeito de não ter um trânsito fluindo com normalidade, a PM tem conseguido fazer com que seja garantido o direito de ir e vir”.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda