"Estamos falando de políticos maduros. O governador de Minas e o presidente da República são maduros. Não são crianças ou torcedores de futebol para ficar ofendidos com esse tipo de coisa. A campanha acabou. O resultado foi dado pelas urnas. Talvez, para dececpção do PT, em Minas escolheram o Novo. Talvez, para a decepção do Novo, no Brasil escolheram Lula. Não estou preocupado com perseguição do PT por causa do ‘PTfóbico’. Também não vou perseguir ninguém porque nos chamam de 'PSDB personalité'. O chumbo está trocado", afirmou Simões.
Questionado sobre o engajamento de Zema pró-Bolsonaro no segundo turno das eleições, quando o governador mineiro coordenou a campanha do presidente no estado, o secretário defendeu o posicionamento.
"Não podemos ter medo do ambiente político, que é de disputa. Tínhamos duas alternativas. Um político que não tem lado não deveria ocupar a posição. A pessoa é escolhida pela população para decidir, mas isso não significa que a vontade do político vá prevalecer sobre a do povo no período eleitoral", ponderou.
"Escolha de Alckmin tranquiliza"
Simões também elogiou a escolha do ex-colega de PSDB. "Mandei uma mensagem hoje cedo para o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que está coordenando a transição, dizendo que Minas está à disposição no que precisar", declarou.
Zema troca de vice em meio a rusgas
O atual vice-governador mineiro é Paulo Brant (PSDB), eleito com Zema em 2018. Discordâncias em relação a um imbróglio sobre o reajuste das forças de segurança, dois anos e meio atrás, fizeram Brant deixar o Novo.
Neste ano, Brant tentou a reeleição por meio da chapa do também tucano Marcus Pestana, mas não atingiu 1% dos votos válidos.
Após a decisão de não apoiar Zema, o vice teve servidores exonerados e ficou sem estrutura oficial de gabinete para despachar. O racha se ampliou no mês passado, quando Brant resolveu apoiar Lula.