Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Mateus Simões para Lula: 'Desde Itamar Franco que Minas não recebe atenção'

O secretário-geral do governo de Minas Gerais e vice-governador eleito, Mateus Simões (Novo), disse nesta sexta-feira (4/11), durante entrevista ao podcast EM Entrevista, que o estado não é tratado com a atenção devida desde o governo do ex-presidente Itamar Franco, entre 1992 e 1995.





 

"Vamos superar o momento eleitoral e viver uma relação adequada com Minas Gerais, que merece mais atenção do que teve nos últimos anos de governo federal. Esses 'últimos anos' talvez envolvam três décadas. Desde o governo Itamar Franco, não vem sendo tratada com a atenção que precisa, e a gente espera que o governo Lula possa dar essa atenção para os mineiros", declarou.

 

 

Zema e Lula "maduros"

"Estamos falando de políticos maduros. O governador de Minas e o presidente da República são maduros. Não são crianças ou torcedores de futebol para ficar ofendidos com esse tipo de coisa. A campanha acabou. O resultado foi dado pelas urnas. Talvez, para dececpção do PT, em Minas escolheram o Novo. Talvez, para a decepção do Novo, no Brasil escolheram Lula. Não estou preocupado com perseguição do PT por causa do ‘PTfóbico’. Também não vou perseguir ninguém porque nos chamam de 'PSDB personalité'. O chumbo está trocado", afirmou Simões.

 

 

Alckmin tranquiliza

Simões também elogiou a escolha do ex-colega de PSDB. "Mandei uma mensagem hoje cedo para o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que está coordenando a transição, dizendo que Minas está à disposição no que precisar", declarou.





Zema troca de vice em meio a rusgas

O atual vice-governador mineiro é Paulo Brant (PSDB), eleito com Zema em 2018. Discordâncias em relação a um imbróglio sobre o reajuste das forças de segurança, dois anos e meio atrás, fizeram Brant deixar o Novo.

Neste ano, Brant tentou a reeleição por meio da chapa do também tucano Marcus Pestana, mas não atingiu 1% dos votos válidos.

Após a decisão de não apoiar Zema, o vice teve servidores exonerados e ficou sem estrutura oficial de gabinete para despachar. O racha se ampliou no mês passado, quando Brant resolveu apoiar Lula.