Pastor Silas Malafaia, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), inverteu o princípio da Justiça e pediu para que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, comprovasse que as eleições não foram fraudadas.
Nas redes sociais, o pastor disse que Moraes é obrigado a trazer “provas robustas de que não houve fraude eleitoral”.
Caso haja suspeita de fraude, quem deve levar provas de tal ocorrido são os denúnciantes e não Moraes, que preside a Corte eleitoral.
Caso haja suspeita de fraude, quem deve levar provas de tal ocorrido são os denúnciantes e não Moraes, que preside a Corte eleitoral.
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Pastor ainda compartilhou vídeo onde o influenciador argentino Fernando Cerimedo, dono do canal La Derecha Diário, divulgou um dossiê apócrifo com uma série de informações falsas sobre as urnas eletrônicas para levantar suspeitas sobre a vitória de Lula.
TSE já desmentiu o conteúdo pelo canal argentino. No vídeo, Cerimedo afirma ter recebido um relatório do Brasil, indicando que cinco modelos de urnas eletrônicas usadas na eleição deste ano registraram mais votos para Lula do que para Bolsonaro. Segundo ele, esses modelos mais antigos não foram submetidos aos testes de segurança dos modelos de urnas de 2020.
“Não é verdade que os modelos anteriores das urnas eletrônicas não passaram por procedimentos de auditoria e fiscalização. Os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Eleições 2018. Nesse período, esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco edições do Teste Público de Segurança (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021)”, afirma o tribunal em nota.
Ainda de acordo com o TSE, as urnas eletrônicas modelo 2020 que ainda não estavam prontas no período de realização dos testes de 2021 foram testadas por três universidades e o software em uso nos equipamentos antigos é o mesmo empregado nos equipamentos mais novos. “Nas três avaliações, não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo indício de vulnerabilidade”.
“Por fim, ressalta-se que todas as urnas são auditadas e elas são um hardware, ou seja, um aparelho. O que importa é o que roda dentro dela, ou seja, o programa, que ficou aberto por um ano para todas as entidades fiscalizadoras. O software da urna é único em todos os modelos, tendo sido divulgado, lacrado e assinado”, diz nota do tribunal.