O vice-governador eleito de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), detalhou a relação do governo estadual com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), destacou quais partidos devem integrar a base do governo, além de dizer o que espera do novo presidente da Casa. As declarações foram dadas por Simões durante sua participação no podcast "EM Entrevista", do Estado de Minas.
"O governo está aqui para trabalhar em parceria, entender o que os deputados acham melhor e construir com eles. Tenho essa sensação firme de que começamos o governo em uma situação muito diferente da que terminamos o último", disse no podcast EM Entrevista, se referindo ao primeiro mandato do governo de Romeu Zema (Novo).
Em relação aos partidos além da coligação vencedora que podem ser atraídos para a base do governo, Simões destacou uma conversa encaminhada com o PL. "Temos uma declaração da deputada Alê Portela dizendo que está de braços abertos para fazer parte da base do governo. Tenho conversas muito positivas com o PSD, que teve vários dos deputados eleitos já do nosso lado", afirmou.
Ele lembra que, apesar de a sigla ser a do ex-prefeito e candidato ao governo de Minas Alexandre Kalil (PSD), a maioria dos deputados do PSD fizeram campanha ao lado de Zema. "Vários deputados estaduais foram da nossa base. Tenho certeza de que vão continuar sendo. Mesmo aqueles que não eram, estamos construindo conversas com eles."
O vice-governador citou ainda o Cidadania e o PSDB e afirmou que esses partidos também farão parte da base do governo. "O Cidadania inclusive se manifestou em convenção ser contra lançar candidatura própria." Simões acredita que esses quatro são os mais óbvios para compor a base do governo, mas não descarta a entrada de outros e afirma que as conversas continuam.
"Isso vai caminhar bem"
Sobre o candidato do governo para concorrer à presidência da Casa, Simões disse que o governo respeita a Assembleia Legislativa e a decisão ficará a cargo dos deputados estaduais. "Gostaríamos que fosse um candidato que tivesse um diálogo aberto com o governo e condições de trabalhar construindo conosco. É um tema em que respeitamos o espaço dos deputados para ser construído. O secretário Igor Eto é quem está à frente desse diálogo. Tenho certeza de que isso vai caminhar bem para a Assembleia e o governo."
Ele afirma que não é do interesse de ninguém manter o clima de estresse vivido nos últimos meses. "Os deputados vão acabar concluindo o nome mais adequado e parte dessa adequação é ter um bom diálogo com o governo."