Rede social muito apreciada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Gettr diz ter registrado crescimento explosivo em sua base de usuários brasileiros desde o segundo turno da eleição.
Foram 204 mil novos inscritos no período entre 30 de outubro e 6 de novembro, segundo o CEO da rede, o americano Jason Miller, ou aumento de 20% em apenas uma semana. O Gettr, serviço que se assemelha ao Twitter, tem agora 1,2 milhão de inscritos no Brasil, entre eles diversos influenciadores ligados a Bolsonaro.
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"Há a percepção de que a liberdade de expressão não é sempre tão livre assim. Ou você é uma plataforma que a defende, ou você não é", afirmou.
Segundo ele, as decisões de remoção de conteúdo, seja pelo Judiciário, seja pelas plataformas, têm grande impacto no apelo do Gettr.
"Nós sempre temos nossos grandes momentos, seja no Brasil ou em outros lugares, quando as pessoas estão sendo suspensas ou expulsas das redes sociais".
Ele também enxerga um movimentos de bolsonaristas que, logo após a derrota na eleição presidencial, buscam um ambiente em que possam trocar ideias.
"Há uma reação à derrota de Bolsonaro, e as pessoas buscaram um diálogo ideológico comum logo em seguida".
A rede social surgiu em 2021, criada nos EUA por Miller, ex-assessor do ex-presidente americano Donald Trump.
O Gettr promete "não censurar" publicações, e não retira do ar conteúdo, mesmo que seja considerado de desinformação. O Brasil é o segundo mercado global da rede, atrás apenas dos EUA.
Mas isso não faz o Gettr estar livre de decisões judiciais de suspensão de contas. Na semana passada, a rede foi obrigada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a retirar do ar o perfil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), e recorreu da decisão.