Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Cleitinho: 'Quero que todos os partidos se explodam'

O deputado estadual Cleitinho (PSC-MG), que assume uma cadeira no Senado Federal em fevereiro de 2023, participou do “EM Entrevista” desta terça-feira (8/11) e defendeu a candidatura avulsa nas próximas eleições. Ele afirmou que seu compromisso é com a população e não não aos partidos, por isso quer que todas as siglas “se explodam”. 





Cleitinho, que apoiou Jair Bolsonaro (PL) em sua reeleição, afirmou que não vai se opor às propostas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caso avalie benefícios para a população. “O que for melhor para o país. Vou dar um exemplo simples: sou adepto à reforma tributária. Se ele propuser essas pautas, porque vou querer atrasar o país só porque sou oposição? Não faz sentido. Acima de qualquer coisa está o povo, nação, o patrão que paga meu salário, do Lula e de qualquer político”, disse.
 

Ele ainda ressaltou que não vai seguir os interesses do Partido Social Cristão (PSC) que contrarie seus valores. “Qualquer partido que seja, se for coisa boa para o país, vai ser contra? Partido não manda em mim, muito menos esse. Nunca pedi nada para o partido. Quando eu entrei deixei claro que não queria nada deles, só queria a vaga”, destacou.

“Quero que todos os partidos, inclusive o meu, se explodam - PT, PSC, PSDB, qualquer partido. Uma das coisas que eu quero tentar nesses oito anos é a candidatura avulsa para não depender de partido. Não tenho rabo preso com partido e vou sempre defender o que é bom para o país, para o povo”, acrescentou.





Reforma política

O deputado estadual relatou que, por experiência própria, os benefícios que um parlamentar recebe se torna um “sistema vicioso” para qualquer pessoa eleita querer abandonar.
 
“Eu nem assumi meu mandato e caiu na minha conta um valor de auxílio-paletó, que dava quase o valor do meu salário líquido de R$ 18 mil. Quem entra não fica viciado com isso, não? É com isso que precisamos acabar. O cara fala: ‘Opa, eu nem entrei e já caiu dinheiro’. Enquanto o político for bajulado, idolatrado, não vai mudar”, afirmou.
 

Ele explicou quais são suas propostas: “Menos partido, é muito partido que não serve para nada, a não ser para ficar fazendo laranja. Fundo eleitoral a gente vai conseguir zerar ele? Vendo essa quantidade de gente que gosta de ‘mamar’ nesse dinheiro.”

Deputado estadual mineiro, Cleitinho vai assumir assento no Senado Federal em fevereiro de 2023. Ele se juntará a Rodrigo Pacheco (PSD) e Carlos Viana (PL) no grupo que representa Minas Gerais na Câmara Alta do Congresso Nacional.