Na terça-feira (8/11), Alckmin assinou a portaria que instituiu o gabinete de transição do governo, listando os 31 grupos técnicos temáticos. Na ocasião, o vice eleito confirmou os coordenadores do grupo técnico da economia: Persio Arida, André Lara Resende, Nelson Barbosa e Guilherme Mello.
Integrantes da equipe que implantou o Plano Real, Arida e Lara Resende são economistas com passagens pelo mercado e histórico liberal, embora as ideias do último tenham provocado reações entre colegas nos últimos anos. Barbosa e Mello, por sua vez, são dois nomes ligados ao partido e defendem a flexibilização de certas regras, como o teto de gastos, para atender a demandas sociais.
O MDB terá assentos em três coordenações na transição de governo. Simone Tebet, que foi candidata à Presidência no primeiro turno e participou ativamente da campanha petista no segundo, ficará com Assistência Social.
O presidente da sigla, Baleia Rossi (SP), também anunciou a indicação para o Conselho Político da Transição dos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA).
Além deles, o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB) vai atuar na área de indústria e comércio. Ele coordenou o plano de governo de Tebet.
Na área de cultura, foram indicados três nomes para coordenar: a atriz Lucélia Santos, o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira e o secretário nacional de Cultura do PT Márcio Tavares.
"Estou muito contente, vamos adiante! Há muito trabalho a fazer", disse Santos em uma postagem no Instagram na qual anunciou ter sido convidada para a equipe.
O grupo deve se reportar ao ex-ministro Aloizio Mercadante, responsável pela elaboração do programa de governo de Lula e coordenador técnico da equipe de transição do presidente eleito.
Juca Ferreira foi ministro da Cultura nos governos Lula e Dilma Rousseff. Lucélia Santos, além de atuar, foi candidata do PSB a deputada federal pelo Rio de Janeiro do PSB. Márcio Tavares é um dos coordenadores do programa de cultura da chapa Lula e Geraldo Alckmin, vencedora das eleições.
A Saúde ficará com quatro ex-ministros dos governos do PT, Humberto Costa, José Gomes Temporão, Alexandre Padilha e Arthur Chioro. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Costa disse que está em discussão retomar o programa Mais Médicos, criado em 2013 na gestão Dilma Rousseff (PT), sem utilizar profissionais no exterior para suprir a demanda de regiões menos assistidas.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) contou, nesta quinta-feira (10), que estará na coordenação de Desenvolvimento Regional. Com ele estarão também os governadores Helder Barbalho (MDB-PA), reeleito, Camilo Santana (PT-CE), eleito ao Senado, e o senador Otto Alencar (PSD-BA).