Embora a indicação para esses cargos não garanta a nomeação como ministro, a proporção vai na contramão do que vem sendo prometido pelo presidente eleito, de fazer uma administração que vá além de seu partido.
Entre aliados, o temor é que mesmo que nos casos em que os ministros não sejam do PT, quadros do partido dominem o segundo escalão.
A superpopulação de petistas não foi bem digerida pelo mercado, especialmente os quadros que pertenceram ao governo Dilma Rousseff e ressurgiram agora, como Guido Mantega, Nelson Barbosa, Paulo Bernardo e Esther Duek. A onipresença de Aloizio Mercadante ao lado de Lula também não ajudou.
Leia mais: Alckmin: 'Se alguém teve responsabilidade fiscal, foi o governo Lula'
Nesta quinta-feira (10), a Bolsa desabou em razão da nomeação de petistas e outros acontecimentos em sequência.
O dia começou com a notícia da articulação para excluir o Bolsa Família do teto do gastos, seguiu com discurso de Lula que foi lido como falta de comprometimento com o ajuste fiscal e posteriormente com a divulgação dos nomes polêmicos do PT.
Segundo um aliado, teria sido melhor escalonar a sequência de más notícias para o mercado.