O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), foi taxativo neste domingo (13/11), por meio de nota, ao defender que o Congresso Nacional aprove a Proposta de Emenda à Constituição, batizada de PEC da transição, apenas para viabilizar o pagamento no ano que vem dos R$ 600 do auxílio, que voltará a ser chamado de Bolsa-Família, e o aumento real do salário mínimo.
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Nogueira lembrou ainda que a base parlamentar do atual governo, retirado esses dois pontos em comum, Auxílio Brasil e salário mínimo, apoia "uma agenda econômica diametralmente oposta à que foi eleita" e aproveitou para ironizar o futuro governo, que, segundo ele, "ainda é desconhecida nos detalhes". "E (os parlamentares) têm o direito de se posicionar livremente", disse.
O ministro de Bolsonaro afirmou ainda que defenderá juntamente aos filiados do Progressistas, partido ao qual também é filiado, votar a favor de uma PEC "para garantir estabilidade para o primeiro ano do governo". "O Congresso atual, que sai, não pode cassar a prerrogativa do novo, que chega legitimado pelo povo nas urnas e ainda nem assumiu. Não pode chancelar decisões dos próximos quatro anos no apagar das luzes. A vontade popular tem de ser respeitada", emendou.