A socióloga Rosângela da Silva, a Janja, afirmou que enxergou machismo nas críticas que recebeu ao longo da campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que pretende ressignificar o papel de primeira-dama.
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Lula não tem carta branca e 'deve ouvir primeiro antes de fazer', diz líder de mulheres indígenasLula vai viajar ao Egito em avião de empresário do ramo da saúdeLula e Alckmin buscam ocupar vácuo de poder e ampliar base, mas esbarram no centrãoTelefonema de Janja ajudou Lula a firmar aliança com Tebet no 2° turno"Houve machismo, porque talvez a figura do Lula por si só se bastasse, e agora tem uma mulher do lado dele. Hoje acho importante olhar para ele e também estar me vendo, isso não acontecia antes. Hoje ele tem um complemento, uma soma, que sou eu. Sou uma pessoa que é propositiva, que não fica sentada, que vai e faz", afirmou a mulher de Lula.
Janja citou como exemplo de primeiras-damas Michelle Obama, dos Estados Unidos, e Eva Perón (Evita), da Argentina. E disse que, no governo Lula, terá como compromisso com a luta contra a violência contra as mulheres, a alimentação e o combate ao racismo.
Essa foi a primeira entrevista de Janja à imprensa. Como mostrou a coluna Mônica Bergamo, a socióloga chegou a cogitar conversar com a imprensa em determinados momentos, mas a orientação da campanha foi a de preservá-la para evitar polêmicas desnecessárias.