Jornal Estado de Minas

ATAQUES

Gilmar e Lewandowski são ameaçados na porta de hotel em Nova York

Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), foram ofendidos e ameaçados por brasileiros em Nova Iorque, nos Estados Unidos, nesse domingo (13/11). Manifestantes foram até a porta do hotel em que eles estão hospedados para xingá-los. 



As hostilidades foram cometidas quando os magistrados deixavam o hotel rumo a uma van posicionada na porta do prédio. "O que é seu está guardado, bandido", disse um dos brasileiros, em direção a Gilmar, que foi xingado de "vagabundo" e acabou alvo de palavras de baixo calão.
Lewandowski também foi alvo de diversos palavrões e recebeu a pecha de "bandido". "O fim está chegando", afirmou um homem, em direção a ele. "A mamata está secando", protestou. O ministro foi chamado, ainda, de "cachorro do governo".

Os dois estão em Nova Iorque ao lado de outros integrantes do STF. A conferência da qual os ministros vão participar é organizada pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Economia e democracia estão entre os temas do evento. O ex-presidente Michel Temer (MDB) também participa do seminário.



Moraes e Barroso também recebem xingamentos

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, também foi alvo dos manifestantes. Ele foi chamado de "vagabundo" e "ladrão" nas dependências de um restaurante nova-iorquino.

Luís Roberto Barroso, outro componente do STF, acabou xingado enquanto passava pela Times Square, tradicional ponto da cidade estadunidense.

"Nós vamos ganhar essa luta. O senhor está entendendo? Cuidado, hein? O povo brasileiro é maior do que a Suprema Corte, está bom? Você não vai ganhar o nosso país Foge (sic)!", diz uma mulher a ele, em tom de ameaça. "Não seja grosseira, senhora", responde Barroso.

A Suprema Corte é um dos alvos de questionamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que não conseguiu a reeleição e foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno nacional. Sem provas, bolsonaristas questionam a atuação da Justiça Eleitoral no pleito deste ano. Há, inclusive, pedidos antidemocráticos por intervenção das Forças Armadas.