Rosângela da Silva, a Janja, esposa do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ajudou o marido a firmar a aliança com a senadora Simone Tebet (MDB-MS) no segundo turno da eleição nacional. Foi Janja a responsável por fazer o telefonema que selou a aliança entre a emedebista e o petista. Depois de conversar brevemente com Tebet, a socióloga passou a ligação a Lula, que buscava o apoio da terceira colocada no primeiro turno a fim de fortalecer a campanha contra Jair Bolsonaro (PL).
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Simone Tebet terminou o primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto com 4,16%. Depois, a senadora embarcou na campanha de Lula e passou a rodar o Brasil para engrossar os eventos da campanha petista. Na reta final, Tebet protagonizou incursões solo pelo país, comandando atividades voltadas, sobretudo, ao público feminino.
"Era importante falar com ela, conversar com ela. Primeiro, (para) dizer que foi uma campanha bonita que ela fez, significativa do ponto do olhar feminino para uma eleição. Ela trouxe a importância da participação feminina, teve um papel importantíssimo no 2º turno. Eu tinha certeza que seria assim do jeito que foi", pontuou Janja.
A futura primeira-dama afirmou que os apoios dados por Tebet e pela deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) foram "importantíssimos" para a vitória de Lula. O núcleo feminino da coalizão liderada pelo PT teve, ainda, nomes como a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) e a presidente nacional petista, Gleisi Hoffmann.
Segundo Janja, o ritmo intenso das atividades ao longo do segundo turno impossibilitou reuniões formais entre elas, mas não impediu que mantivessem contato. "Conversei algumas vezes com a Simone por Whatsapp, algumas pautas importantes, principalmente ligadas às mulheres. A gente foi meio que no instinto feminino mesmo e fazendo as coisas no 2º turno".