Segundo relatos feitos à reportagem, na última quarta-feira (9/11) os funcionários do banco estavam conversando sobre assuntos não relacionados ao serviço. Foi quando Kauam respondeu um comentário com uma montagem de Adolf Hitler ao telefone.
O texto da figurinha fazia um pedido: "Hans, liga o gás". A referência remonta às câmaras de gás em que judeus foram mortos por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Histórico 'abusivo'
Após o ocorrido, ninguém repreendeu Kauam, chefe apontado como abusivo e com histórico de assédio moral dentro do Banco do Brasil. O caso, no entanto, foi denunciado à ouvidoria interna e passa por apuração.
Procurado, Kauam não comentou o caso. Ele negou o afastamento, disse que está de férias e que retorna ao trabalho em um mês. As férias, segundo apurou a reportagem, não foram liberadas pelo banco e estão em processo de análise –ele foi separado do contato com funcionários, não do serviço.
Parecer do Banco do Brasil
"O funcionário envolvido no caso está afastado das atividades junto à equipe. O Banco do Brasil repudia qualquer manifestação de discriminação e não compactua com apologia contra grupos raciais, culturais, religiosos ou sociais, como prevê seu Código de Ética. O BB reafirma sua defesa pela diversidade junto a seus clientes, funcionários e à sociedade", disse o banco em nota.
Nesta segunda-feira (14/11), um dos administradores do grupo em que a conversa ocorreu, enviou mensagem aos funcionários dizendo que os canais de WhatsApp do banco seriam desativados e o Microsoft Teams será o único canal oficial de assuntos relativos ao trabalho.