O general da reserva Eduardo Villas Bôas defendeu nesta terça-feira (15/11) as manifestações promovidas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que rejeitam a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em publicação feita no Twitter, o militar disse que os atos são contra "atentados à democracia" e que também tratam das "dúvidas sobre o processo eleitoral", repetindo tom adotado por parte dos apoiadores de Bolsonaro. Ele ainda afirmou que esses apoiadores de Bolsonaro estão aglomerados nas portas de quartéis "pedindo socorro às Forças Armadas".
"Com incrível persistência, mas com ânimo absolutamente pacífico, pessoas de todas as idades, identificadas com o verde e o amarelo que orgulhosamente ostentam, protestam contra os atentados à democracia, à independência dos Poderes, ameaças à liberdade e as dúvidas sobre o processo eleitoral", afirmou o militar no Twitter.
Em 2018, quando era comandante do Exército, Villas Bôas usou as redes sociais para ameaçar o STF (Supremo Tribunal Federal) na véspera da votação de pedido para evitar a prisão de Lula. Esse episódio se tornou um marco da intromissão de militares em assuntos civis desde a redemocratização de 1985.
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Apoiadores de Bolsonaro realizam manifestações em diversas cidades pedindo que as Forças Armadas impeçam a posse de Lula. Em Brasília, o ato com pedido de golpe ocorre em frente ao quartel-general do Exército. Os ministros do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) também são alvos frequentes dos manifestantes.
O general também elogiou a fiscalização feita pelos militares no processo eleitoral. Apesar de não ter encontrado nenhum indício de fraude nas eleições, o Ministério da Defesa afirmou que não descarta a possibilidade de fraudes no pleito.