Em seu discurso na COP 27, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o que mais ouve de líderes políticos é que o “mundo sente saudade do Brasil”. Lula ainda ressaltou que o país “está de volta”, que vai “reatar laços" e cooperar com os países mais pobres, com investimento e transferência de tecnologia.
“Não por acaso, a frase que mais tenho ouvido dos líderes de diferentes países é a seguinte: ‘O mundo sente saudade do Brasil.’ Quero dizer que o Brasil está de volta.
Está de volta para reatar os laços com o mundo e ajudar novamente a combater a fome no mundo”, disse.
Na continuação de seu discurso, o presidente brasileiro eleito sinalizou que irá “cooperar” com os países africanos e vai estreitar as relações com os países latino-americanos.
“[O Brasil está de volta] para cooperar outra vez com os países mais pobres, sobretudo da África, com investimentos e transferência de tecnologia. Para estreitar novamente relações com nossos irmãos latino-americanos e caribenhos, e construir junto com eles um futuro melhor para nossos povos”, completou.
Ele também falou de comércio mais justo no planeta e de paz entre os países. “(Vamos) lutar por um comércio justo entre as nações, e pela paz entre os povos. Voltamos para ajudar a construir uma ordem mundial pacífica, assentada no diálogo, no multilateralismo e na multipolaridade. Voltamos para propor uma nova governança global. O mundo de hoje não é o mesmo de 1945”, disse Lula, após ressaltar que trabalhará para fazer alianças multilaterais com grupos de países.
Ao chegar no evento, Lula foi ovacionado pela plateia. Com muitas palmas, antes de começar o discurso, o petista ouviu gritos de “melhor presidente do Brasil”.
Ontem (15/11), o petista foi ao estande dos governadores dos Estados da Amazônia Legal, onde discursou por cerca de 10 minutos. Lula anunciou que pedirá à ONU que o Brasil seja sede da COP 30, marcada para 2025. Ele também afirmou que irá atender um pedido feito por Helder Barbalho (MDB), governador do Pará, que solicitou que a futura conferência seja feita na Amazônia.