O deputado eleito por Minas Gerais Bruno Farias (Avante) questionou nesta quarta-feira (16/11), durante o podcast "EM Entrevista", a suspensão do piso nacional da Enfermagem pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A lei, que garante o pagamento de, no mínimo, R$ 4.750 mil mensais a enfermeiros, R$ 3.325 a técnicos de enfermagem e R$ 2.375 a auxiliares de enfermagem e parteiras, já foi aprovada pelo Congresso. Falta, porém, o apontamento das fontes de custeio responsáveis por bancar o aumento. O imbróglio fez o piso ser suspenso poder judiciário.
"É muito preocupante. A suspensão já passa de 60 dias. Estamos trabalhando para aprovar a fonte de custeio (do piso da enfermagem) e resolver, de uma vez por todas, esse sonho. Na próxima quarta-feira (23/11) vai ser votado um projeto para garantir uma fonte provisória de custeio, mas é um problema sério. Precisamos de uma fonte permanente de custeio, que já foi apresentada à Câmara ", declarou.
Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG), Farias obteve 97,2 mil votos na corrida à Câmara dos Deputados. A instituição do piso salarial da categoria foi uma das bandeiras defendidas por ele durante a campanha.
De acordo com o deputado, a melhor fonte de custeio é ter um projeto aprovado permanentemente. "Um projeto provisório vai resolver nos próximos dois anos, mas queremos (o piso) permanente. É uma coisa justa. Tenho certeza que o Congresso Nacional vai fazer justiça contemplando os colegas da enfermagem. Foram os que vacinaram este país na pandemia. Os colegas da enfermagem têm o maior índice de adoecimento mental", ponderou.
A disputa por uma das 53 vagas de Minas na Câmara foi a primeira experiência dele na política eletiva. Embora o Avante tenha apoiado formalmente a campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Farias declarou neutralidade no embate entre o petista e Jair Bolsonaro (PL).
A entrevista completa com o deputado eleito pode ser vista no canal do Portal Uai no Youtube. Na conversa, o futuro parlamentar também falou sobre pandemia, autismo e dos problemas na região dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha.