A Procuradoria-Geral da República (PGR) é contra a transferência do ex-deputado federal Roberto Jefferson de um presídio para um hospital particular. O político está detido no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro (RJ), desde o mês passado, após atacar verbalmente a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e atirar contra policiais federais. A recomendação da PGR sobre manter Jefferson preso foi enviada à Suprema Corte neste sábado (19/11).
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A defesa de Jefferson alega que a transferência para um hospital é essencial para "preservar" a vida do ex-presidente do PTB.
Cinquenta tiros e três granadas
Jefferson foi preso em 23 de outubro, após ataques misóginos a Carmen Lúcia, a quem chegou a chamar de "bruxa" e "prostituta".O ministro Alexandre de Moraes, outro componente do STF, ordenou a detenção do ex-deputado, que estava em prisão domiciliar na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ). Ao chegar à casa de Jefferson, contudo, agentes da Polícia Federal foram recebidos a tiros.
O petebista disse ter disparado 50 balas e arremessado três granadas na direção dos policiais. Depois do primeiro pedido de prisão, Moraes expediu outra ordem, determinando que o político fosse encarcerado, também, por tentativa de homicídio.
Mesmo sendo aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu o segundo turno, Jefferson foi criticado pelo então candidato à reeleição. "O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido", protestou Bolsonaro, à época.
PTB em vias de desaparecer
O PTB, partido do qual Jefferson foi cacique por muitos anos, está em vias de desaparecer. Isso porque a legenda anunciou, recentemente, que vai se fundir ao Patriota - outrora chamado de Partido Ecológico Nacional (PEN).
Juntos, Patriota e PTB vão formar nova legenda, batizada de "Mais Brasil".