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Estado de Minas LINDÔRA ARAÚJO

PGR é contra a saída de Roberto Jefferson da cadeia rumo a hospital privado

Defesa do ex-deputado quer mudança para 'preservar a vida' do cliente; vice-procuradora pediu relatório sobre capacidade médica do sistema penitenciário do RJ


19/11/2022 18:02 - atualizado 19/11/2022 18:02

O ex-deputado federal Roberto Jefferson
Roberto Jefferson está preso desde o fim do mês passado, no RJ (foto: Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil)
A Procuradoria-Geral da República (PGR) é contra a transferência do ex-deputado federal Roberto Jefferson de um presídio para um hospital particular. O político está detido no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro (RJ), desde o mês passado, após atacar verbalmente a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e atirar contra policiais federais. A recomendação da PGR sobre manter Jefferson preso foi enviada à Suprema Corte neste sábado (19/11).

Ontem, a defesa de Jefferson pediu a remoção do ex-parlamentar ao Hospital Samaritano, também na capital fluminense. Os advogados alegam que a casa de saúde possui melhores condições para abrigá-lo. Apesar disso, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que o sistema penitenciário fluminense não se posicionou sobre ter, ou não, capacidade de prestar assistência médica ao político no interior do presídio. As informações são da "CNN Brasil".

"A Procuradoria-Geral da República requer, em caráter de urgência, seja determinada à Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro a elaboração imediata de laudo médico que aponte a capacidade ou não do hospital penitenciário para tratar o paciente e realizar exames imprescindíveis diante do atual estado de saúde", lê-se em trecho da manifestação de Lindôra.

A defesa de Jefferson alega que a transferência para um hospital é essencial para "preservar" a vida do ex-presidente do PTB.

Cinquenta tiros e três granadas

Jefferson foi preso em 23 de outubro, após ataques misóginos a Carmen Lúcia, a quem chegou a chamar de "bruxa" e "prostituta".

O ministro Alexandre de Moraes, outro componente do STF, ordenou a detenção do ex-deputado, que estava em prisão domiciliar na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ). Ao chegar à casa de Jefferson, contudo, agentes da Polícia Federal foram recebidos a tiros.

O petebista disse ter disparado 50 balas e arremessado três granadas na direção dos policiais. Depois do primeiro pedido de prisão, Moraes expediu outra ordem, determinando que o político fosse encarcerado, também, por tentativa de homicídio.

Mesmo sendo aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu o segundo turno, Jefferson foi criticado pelo então candidato à reeleição. "O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido", protestou Bolsonaro, à época.

PTB em vias de desaparecer


O PTB, partido do qual Jefferson foi cacique por muitos anos, está em vias de desaparecer. Isso porque a legenda anunciou, recentemente, que vai se fundir ao Patriota - outrora chamado de Partido Ecológico Nacional (PEN).

Juntos, Patriota e PTB vão formar nova legenda, batizada de "Mais Brasil".


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