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'Do povo' e 'mamador': Eduardo e 'Mamãe Falei' divergem sobre Bolsonaro


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-deputado estadual paulista Arthur do Val, o "Mamãe Falei", divergiram no Twitter sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Eduardo chamou o pai de "presidente do povo", mas "Mamãe Falei" acusou o capitão reformado de gastar recursos públicos indevidamente.



Segundo dos quatro filhos de Bolsonaro, Eduardo publicou uma manchete do jornal Correio Braziliense, dos Diários Associados, sobre um dia em que Bolsonaro comeu pastel e tomou caldo de cana em uma barraquinha instalada em Brasília (DF). Na postagem, o parlamentar também destacou o jantar do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em Portugal.



"Mamãe Falei" - que renunciou ao posto de parlamentar e mesmo assim teve o mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) cassado em maio deste ano - reagiu à postagem de Eduardo Bolsonaro.

"Teu pai gastou milhões só com comida de avião; mais R$ 2,4 milhões nas férias e colocou o cartão em sigilo. Não há nada mais velho do que político mamador comer um pastel para pagar de humilde. Já virou até meme e você quer falar isso sério".





Citados por "Mamãe Falei", os R$ 2,4 milhões se referem ao fim de 2020, quando Bolsonaro passou por praias de Santa Catarina e São Paulo. Alguns meses depois, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, atribuiu o volume das cifras ao fato de o presidente ter trabalhado durante o tempo fora de Brasília (DF).

A menção aos gastos com comida de avião, por sua vez, se relacionam a um levantamento do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) junto ao Portal da Transparência. Segundo informações reunidas pelo congressista, Bolsonaro e auxiliares gastaram mais de R$ 3,5 milhões com alimentos servidos na aeronave presidencial.

Cassação por falas sexistas


Arthur do Val era filiado ao Podemos, mas foi expulso do partido após falas sexistas sobre mulheres ucranianas. No fim de fevereiro, ele foi ao país europeu sob o pretexto de ajudar habitantes locais que sofriam com as consequências da guerra declarada pela Rússia.

A Alesp, porém, cassou o mandato de Arthur após o após o vazamento de uma série de mensagens machistas e misóginas. Em áudio enviado pelo Whatsapp para amigos, ele dizia que as refugiadas ucranianas são "fáceis porque são pobres".