Nas próximas 24 horas, a recomendação é de repouso. Mas Lula já pode conversar, desde que não cometa excessos. O ideal também é que só volte a discursar dentro de uma semana.
Após essa cirurgia, a expectativa é a de que o petista apresente redução da rouquidão depois de duas semanas de cicatrização da região operada. Lula deve retomar as reuniões em Brasília na quarta (23).
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Como antecipado pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Lula chegou no domingo ao Hospital Sírio-Libanês para a realização de uma laringoscopia para retirada de leucoplasia da prega vocal esquerda.
Segundo boletim médico, o procedimento, que durou 40 minutos, mostrou ausência de neoplasia. Foi utilizado laser para acessar a região, com a remoção de uma pequena parte do que os médicos da equipe chamam de "falsa corda vocal" —e que, no caso de Lula, estava muito espessa e impedia uma boa visualização da lesão de 5 mm.
Lula teve alta às 7h45 desta segunda-feira (21) e está em sua casa em São Paulo.
Segundo especialistas, nessas duas semanas de recuperação, a sensação, para o paciente, se assemelha aos sintomas de uma laringite. Essa leucoplasia —que consiste no surgimento das manchas brancas— foi identificada no exame realizado no último dia 12.
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Durante a cirurgia, que exigiu anestesia geral, ele foi acompanhado pelas equipes médicas coordenadas por Roberto Kalil Filho, Artur Katz, Rubens Brito, Rui Imamura e Luiz Paulo Kowalski. O deputado federal Alexandre Padilha (PT), que é médico, também acompanhou Lula no hospital.
Além da orientação para que evite excessos, o presidente eleito deverá intensificar exercícios diários de fonoaudiologia.
O motivo para a cirurgia era para retirada e diagnóstico, que constatou ausência de neoplasia.
Mas, segundo um médico que acompanhou o procedimento, a retirada da leucoplasia também afasta o risco de transformação da lesão em um câncer, o que pode acontecer em 10% dos casos, principalmente em pacientes com mais de 65 anos.
A cirurgia foi recomendada após surgimento de manchas brancas, provocadas na maioria das vezes por tabagismo, álcool e refluxo, sendo potencializado por uso excessivo da voz.
O tabagismo é apontado como principal causa do problema. Lula também sofre de refluxo.
Ex-fumante, Lula já tem um trauma crônico. Mas a lesão teria aumentado essa rouquidão, ainda mais durante a campanha eleitoral —que exigiu uso excessivo da voz. Por isso, há expectativa de melhora da voz após cicatrização da região operada.
Lula recebeu em novembro de 2011 o diagnóstico de câncer na laringe, doença que o submeteu a sessões de radioterapia e quimioterapia. Foi considerado livre da doença em junho de 2012.