A senadora Simone Tebet (MDB), que ganhou notoriedade nacional ao concorrer à Presidência da República e também durante a participação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, disse que em sua vida política sempre notou a diferença de tratamento exclusivamente por ser mulher. Para a senadora, a mulher precisa ser "melhor para ser considerada igual", devido ao tratamento e às cobranças em cima das mulheres.
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Tebet foi uma das senadoras, que, apesar de não ter cargo oficial na comissão, esteve presente na maioria das sessões interrogando investigados. Durante a CPI, ela lutou pela participação das mulheres na comissão.
Ao comentar a participação na comissão, a senadora disse que se "a mulher fala baixo, ela é frágil" e "se ela se impõe, ela é histérica, é descontrolada" e afirma que "são dois termos que a mulher não pode aceitar nunca.
Tebet disse ainda que espera que o próximo presidente, após o término do mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seja uma mulher e que não precisa ser ela, apenas democrata. "De preferência uma mulher, não precisa ser eu. Quem sabe uma mulher negra, para mostrar a cara do Brasil", ressalta a parlamentar.