O boletim médico do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), internado nesse domingo (20/11), no hospital Sírio-Libanês, em Sâo Paulo, para a retirada de uma lesão na laringe, ressaltou que o procedimento mostrou ausência de neoplasia. Apesar de já ter recebido alta médica, o boletim deixou dúvidas sobre a atual condição de saúde do petista.
O Estado de Minas conversou com a otorrinolaringologista e integrante da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgias Cérvico-Faciais Danielly Andrade a respeito dos principais pontos do procedimento realizado por Lula.
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“O que podemos falar é que é uma lesão nova e que, por ela ser pré-neoplásica, que pode se desenvolver em uma neoplasia, geralmente ela é retirada, o tratamento é cirúrgico, especialmente em quem já teve uma lesão prévia”, disse.
No entanto, o boletim médico afirmou que o procedimento mostrou ausência de neoplasia. “É a ausência da formação de tecidos anormais, com características cancerígenas. Toda vez que se retira uma lesão que potencialmente é causadora de lesões malignas, a gente está até tratando isso”, afirmou.
Os demais resultados de exames do petista estão normais e apontaram completa remissão do tumor diagnosticado em 2011, como afirmou o médico Roberto Kalil, que cuida do presidente eleito.
Com o procedimento, Lula precisou adiar a ida a Brasília nesta semana, que poderá definir o desenho do grupo técnico da Defesa na equipe de transição.
Leia o boletim médico na íntegra
O Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deu entrada ontem, no Hospital Sírio-Libanês, para a realização de uma laringoscopia para retirada de leucoplasia da prega vocal esquerda. O procedimento mostrou ausência de neoplasia.
Ele teve alta hoje, às 7h45, e foi acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho, Dr. Artur Katz, Dr. Rubens Brito, Dr. Rui Imamura e Dr. Luiz Paulo Kowalski.