Um dos bolsonaristas, não identificado, disse para o pai ir até o seu destino "a pé" e disse que não importava se seu filho ficasse cego.
"Eu também não vou passar, mas meu filho não pode passar? Ele vai perder o olho! Se eu tivesse como ir de pé, eu ia. Meu filho vai perder o olho por causa dessa palhaçada?", dizia o pai. "Não tenho filho com problema, vai de pé. Não vai passar", gritava de volta o bolsonarista.
Um outro filho pedia ao pai para não discutir com os manifestantes.

Eder ainda contou que tentou mostrar os documentos da cirurgia, mas eles não "quiseram saber". Eles foram ameaçados com um facão.
"Mostrei os documentos da cirurgia, mas não quiseram saber e um deles já puxou um facão. Me exaltei quando expliquei que meu filho poderia perder o globo ocular e um deles falou: 'que fique cego'", relatou.
Após o fato, Eder e a família buscaram um caminho alternativo. A cirurgia está marcada para hoje (23/11).