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Estado de Minas CORRUPÇÃO

PF faz busca e apreensão na casa de ex-senador Romero Jucá em Roraima

Jucá é um dos alvos de investigação que mostra indícios de que uma organização criminosa fraudava procedimentos nos convênios com prefeituras no estado


23/11/2022 11:26 - atualizado 23/11/2022 12:08

Romero Jucá de terno fazendo com as mãos postas, como se fosse uma oração, em frente à boca
Romero Jucá foi líder de governo no Senado da gestão Michel Temer (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quarta-feira (23), um mandado de busca e apreensão na casa do ex-senador Romero Jucá, em Boa Vista (RR). A ação faz parte da Operação Imhotep, que investiga um esquema de corrupção e fraudes em convênios com diversos municípios, incluindo a capital roraimense, no período entre 2012 e 2017.

Os 22 mandados cumpridos no estado e em São Paulo e no Distrito Federal e foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal de Roraima. O inquérito surgiu após o Tribunal de Contas da União (TCU) encontrar, em um Relatório de Produção de Conhecimento, as maiores recebedoras de recursos do Programa Calha Norte, em Roraima.
 
As investigações mostram que três empresas de engenharia pagavam, supostamente, propinas em contratos distribuídos a Jucá e a servidores públicos que participavam do esquema. O envolvimento do ex-senador e ex-lider de governo no Senado do governo Michel Temer, se dava quando tratava de convênios que tivessem a aplicação de dinheiro federal obtido por ele. 
Segundo a PF, Jucá também travava pagamentos de emendas parlamentares caso não recebesse sua parte. O dinheiro chegava nele por meio de familiares e de empresas das quais é sócio. Agentes estiveram na casa do ex-senador e no prédio onde funciona uma produtora e o escritório do político.

As três empresas seriam responsáveis pela execução de mais de R$ 500 milhões em convênios durante o período, sendo R$ 15 milhões já identificadas como propina. Os envolvidos vão responder por fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas chegam a 35 anos de prisão.
A Operação Imhotep recebe este nome em referência ao nome do grande “engenheiro” do Egito antigo, a quem é atribuída a construção de obras faraônicas como a Pirâmide de Djoser.


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