Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES

Mourão avalia relatório do PL sobre eleição: 'Não vai prosperar'


O vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos) comentou, nesta quarta-feira (23/11), a decisão do Partido Liberal - ao qual está filiado o presidente Jair Bolsonaro - de pedir a anulação dos votos de mais de 279 mil urnas no segundo turno.





Para Mourão, embora parte da sociedade tenha dúvidas sobre a eleição, a ação “não vai prosperar”. “Não bastam, pura e simplesmente, respostas lacônicas do nosso Tribunal Superior Eleitoral no sentido de contestar eventuais denúncias ou denúncias ou argumentações”.

Nessa terça-feira (22/11), o PL pediu a anulação de 279.336 urnas no segundo turno. No documento, o partido diz que houve falhas insanáveis que colocaram em risco o resultado da disputa entre Bolsonaro e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


O texto cita ainda um relatório de auditoria que apontava fragilidade de tecnologia da informação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para colocar em dúvida a segurança da votação.



"O quadro de atraso encontrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à implantação de medidas de segurança da informação mínimas necessárias gera vulnerabilidades relevantes. Isso poderá resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro", diz o PL.

Depois do anúncio, Alexandre de Moraes, presidente do TSE, deu 24 horas para o PL incluir na petição os dados da suposta auditoria também no primeiro turno das eleições, sob pena de indeferimento incial.

“As urnas eletrônicas apontadas na petição foram utilizadas tanto no primeiro  quanto no segundo turnos das eleições 2022. Assim, sob a pena de indeferimento da inical, deve a autora auditar a petição inical para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 horas”, escreveu o ministro.

Eleições


Lula foi eleito presidente do Brasil com 60.345.333 votos (50,9% dos válidos). No dia 1º de janeiro de 2023, ele assume o terceiro mandato não consecutivo à frente do Palácio do Planalto e se torna o político mais vezes levado ao comando do Poder Executivo pelo voto direto na história da República. O petista já havia dirigido o país de 2003 a 2010.