Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES

Canal do Boi pede para Costa Neto cobrar do TSE 'resposta à nação'


O "Canal do Boi" participou da coletiva de imprensa convocada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. A repórter da emissora questionou qual seria o prazo para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responder o relatório do partido que contesta o resultado das urnas no segundo turno da eleição presidencial e "dar uma resposta à nação".



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Durante a pergunta, a jornalista afirmou que as Forças Armadas não excluíram a hipótese de fraude nas eleições no relatório entregue ao TSE. A frase é verdadeira, mas não relata que o documento não traz provas de irregularidades.

“O relatório das Forças Armadas revelou que as urnas não são seguras. Diante desses fortes indícios de inconsistência, o povo brasileiro não vai aceitar qualquer decisão que deixe dúvida no processo eleitoral. Qual o prazo do TSE tem para dar uma resposta para a nação?”.

A interação da repórter com Valdemar repercutiu nas redes sociais, já que o 'Canal do Boi' é ligado ao público do agronegócio, cuja maioria apoia o presidente Jair Bolsonaro. A emissora fundada em 1996, em Campo Grande-MS, pertence ao Sistema Brasileiro do Agronegócio. Grande parte da programação é dedicada a leilões de animais como cavalos, bois, vacas e cabras. O canal é transmitido na Claro TV (190) e na Sky (241).




Ao comentar a pergunta do Canal do Boi, Costa Neto disse que o TSE não tem prazo de resposta, mas que o assunto é de extrema urgência. De acordo com ele, a mídia deu a entender que o PL não encontrou provas sobre uma possível fraude, porém "apontar provas" nunca foi a intenção da legenda.

“Numa democracia temos os poderes. Temos que viver bem e ter uma relação próxima entre si. O que não podemos ter é um fantasma. Como um fantasma da eleição de 2022", disse.

"Por isso, pedimos que o TSE... Não é uma nova eleição. Não faz sentido. É uma coisa que envolve várias pessoas. É uma loucura. Atinge a vida dos senadores, dos governadores… não era essa nossa intenção. Nossa intenção é a discutir a história do Brasil. Como vamos viver com o fantasma da eleição? TSE está aí para isso", complementou.

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Nessa terça-feira (22/11), o PL pediu a anulação de 279.336 urnas no segundo turno. No relatório, a sigla alega "falhas insanáveis" que colocaram em risco o resultado da disputa entre Bolsonaro e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).





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O texto cita ainda uma auditoria que apontava fragilidade de tecnologia da informação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para colocar em dúvida a segurança da votação.

"O quadro de atraso encontrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à implantação de medidas de segurança da informação mínimas necessárias gera vulnerabilidades relevantes. Isso poderá resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro", diz o PL.

Depois do anúncio, Alexandre de Moraes, presidente do TSE, deu 24 horas para o PL incluir na petição os dados da suposta auditoria também no primeiro turno das eleições, sob pena de indeferimento incial. O prazo terminou hoje, minutos antes da coletiva de Valdemar Costa Neto.

Eleições


Lula foi eleito presidente do Brasil com 60.345.333 votos (50,9% dos válidos). No dia 1º de janeiro de 2023, ele assume o terceiro mandato não consecutivo à frente do Palácio do Planalto e se torna o político mais vezes levado ao comando do Poder Executivo pelo voto direto na história da República. O petista já havia dirigido o país de 2003 a 2010.