Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Valdemar descarta questionar resultado das urnas no 1º turno: 'Uma loucura'


O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, voltou a falar à imprensa nesta quarta-feira (23/11), um dia após apresentar relatório com pedido de verificação de quase 280 mil urnas no segundo turno das eleições deste ano. O ex-deputado federal reiterou o pedido para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analise apenas o resultado da segunda votação, e não do primeiro.



O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), solicitou auditoria das urnas eletrônicas fabricadas até 2015. Em resposta, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, pediu para que o relatório contemplasse também o primeiro turno das eleições, já que as mesmas urnas foram utilizadas nas duas votações.

Nesta quarta, Valdemar defendeu a manutenção do relatório com análise exclusiva do segundo turno. Segundo o presidente do PL, colocar a primeira votação na análise implicaria em incluir muitos atores no processo, o que, segundo ele, seria inviável.

"Não se trata de pedir outra eleição, não tem sentido. É um negócio que envolve milhões de pessoas. Porque um cidadão que teve 200 votos, ele tem que participar do processo. Então é uma loucura, só o PL tinha 2 mil candidatos. Imagino que os outros partidos também. E além de atingir governadores, senadores", disse.





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O advogado Marcelo Bessa, que acompanhou Valdemar nos dois pronunciamentos, reiterou o posicionamento do líder do partido. Segundo ele, a inclusão do primeiro turno no relatório não permitiria o respeito às regras processuais. “Entendemos que, pela transparência, pela necessidade do devido processo legal e da ampla defesa de todos os envolvidos, seria impossível que todas as pessoas eventualmente envolvidas em uma decisão do TSE viessem aos autos e se manifestassem”.

No primeiro turno, o PL conseguiu eleger parlamentares suficientes para formar maioria tanto no Senado como na Câmara dos Deputados a partir de 2023. 

Sem apresentar provas de fraudes, o Partido Liberal alega que urnas anteriores à 2015 não permitem a conferência de dados disponibilizados pelo TSE e sugere que falha tenha favorecido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter, de acordo com a legenda, vencido nos equipamentos antigos.