O caso ocorreu por volta de 23h30, quando Alckmin chegava ao saguão do hotel em que está hospedado, na região central da capital.
Os dois foram detidos por desacato aos policiais. Um deles se identificou como agente aposentado da Polícia Federal (PF) e, de acordo com a equipe de segurança, estava armado.
Segundo o depoimento de um dos policiais, um homem identificado como Rosemário Queiroz foi em direção ao vice-presidente eleito e passou a ofendê-lo, dizendo que Alckmin era "uma vergonha".
Os policiais federais tentaram afastar Rosemário para que Alckmin pudesse subir até seu quarto. O homem reagiu aos agentes e disse ter "liberdade de expressão".
Nesse momento, de acordo com o depoimento, Rosemário chamou o policial federal de vagabundo por estar "defendendo um ladrão".
O policial relatou que, depois que a situação estava controlada, um amigo de Rosemário apareceu.
De acordo com o depoimento, Alcides Frederico Moraes Werner estava "visivelmente armado" e questionou a atuação dos seguranças, dizendo: "Polícia Federal é o caralho, eu que sou policial". Ele afirmou ser agente aposentado da PF.
Alcides teria dito, então, que os policiais estavam errados "ao defender um ladrão" eleito por uma eleição fraudada. Acrescentou que Alckmin e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "não subiriam a rampa" do Palácio do Planalto.
O agente declarou que a equipe de segurança interveio para evitar que os ânimos de outras pessoas se exaltassem. O policial disse ter feito "uso progressivo da força" e destacou que não foi sacada nenhuma arma de fogo.
Os dois homens foram levados para a Superintendência da PF no Distrito Federal.