Os partidos Progressistas e Republicanos, legendas que fazem parte da aliança que apoiou a campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro, não querem fazer parte da ação do Partido Liberal que contesta a validade do resultado de mais da metade das urnas eletrônicas no segundo turno.
Os presidentes das duas legendas decidiram por essa posição depois que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, multou o PL em R$ 22,9 milhões. O presidente em exercício do Progressistas, deputado Claudio Cajado (BA), afirmou ontem que seu partido não faz parte da ação contra as urnas eletrônicas. “Não fomos consultados, não demos procuração. Entendemos que o processo eleitoral acabou”, disse Cajado.
Os presidentes das duas legendas decidiram por essa posição depois que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, multou o PL em R$ 22,9 milhões. O presidente em exercício do Progressistas, deputado Claudio Cajado (BA), afirmou ontem que seu partido não faz parte da ação contra as urnas eletrônicas. “Não fomos consultados, não demos procuração. Entendemos que o processo eleitoral acabou”, disse Cajado.
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Na sua decisão, proferida na noite de quarta-feira, Moraes determinou ainda o bloqueio e a suspensão dos repasses do fundo partidário ao PL e às legendas coligadas até que a multa seja quitada; a abertura de um processo administrativo pela Corregedoria-Geral Eleitoral para apurar "eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária, inclusive de Fundo Partidário"; e o envio de cópias do inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação sobre a atuação de uma suposta milícia digital para atacar a democracia e as instituições.
Com a reação de Republicanos e Progressistas, o PL do presidente Jair Bolsonaro fica isolado e pode acabar tendo de pagar a multa sozinho. Políticos aliados a Valdemar da Costa Neto tentaram nos últimos dias convencê-lo a abandonar a ideia de questionar a validade das urnas e o resultado da eleição, mas não tiveram sucesso. Esses mesmos aliados acham, no entanto, que a multa imposta por Moraes pode inflamar ainda mais os bolsonaristas, levando-os a mais ações contra o resultado da eleição e ataques ao TSE.