O juiz José Arthur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitou uma ação movida pelo Ministério Público Federal contra o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques. Com isso, ele se tornou réu por improbidade administrativa.
A Justiça, contudo, ainda não definiu se ele é ou não culpado. O pedido do MPF foi apresentado no último dia 15. Na ocasião, o órgão argumentou que Vasques fez uso indevido do cargo ao ter pedido, por exemplo, votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputou a reeleição e foi derrotado no segundo turno por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Tendo em vista que o Diretor-Geral da Polícia Rodoviária encontra-se com afastamento legalmente instituído para usufruto de férias no período de 16/11/2022 a 6/12/2022 postergo a apreciação da cautelar requerida para após a vinda da contestação. Determino a expedição de mandato de citação da parte ré para oferecimento de defesa, no prazo de 30 dias. Após, voltem-me conclusos, inclusive para apreciação da medida cautelar requerida", afirmou o magistrado.
Em nota, a PRF afirmou que "acompanha com naturalidade a determinação de citação" de Silvinei Vasques e ressaltou que a Justiça "não acatou o pedido formulado pelo órgão ministerial de afastamento imediato do diretor-geral".
A corporação reforçou também que o diretor-geral está em férias e, por isso, não sabe dizer se ele já foi notificado da decisão.