Jornal Estado de Minas

CULTURA

Frota sobre saída da transição: 'Pagando o preço de ser diferente'

Depois de anunciar sua saída da equipe de transição do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Alexandre Frota (PROS-SP) alegou ter sido alvo de preconceito.


Frota, que apoiou Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018 e depois rompeu com o presidente, disse que tem sido alvo de ataques de uma ala chamada por ele de "esquerda sapatênis".




“Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.Quem assume suas verdades e erros age de acordo com os valores da vida, mesmo enfrentando o preconceito e pagando o preço de ser diferente”, escreveu o deputado nas redes sociais.

O parlamentar havia sido anunciado como membro da equipe de Cultura.


Frota disse ainda estar tranquilo. “Já foi, já informei ao (Aloizio) Mercadante e ao Geraldo (Alckmin). Já me desliguei e enviei uma documentação de prioridades que poderá ajudá-los na reconstrução da pasta que está um caos, uma tragédia; Bolsonaro foi contra tudo”, contou.





Entre as prioridades de Frota estava a promoção de uma “comunicação clara e transparente da pasta”. “Uma outra preocupação: a Lei Paulo Gustavo vence agora em dezembro. A lei acaba, e precisamos fazer com que ela possa ser estendida para 2023. O dinheiro está lá e não foi usado”, disse.

Ex-aliado de Bolsonaro


O nome de Frota foi anunciado no início desta semana pelo coordenador da transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. Outros políticos ex-aliados de Bolsonaro ou antigos críticos do PT também foram escolhidos para integrar a equipe.
 
Frota disputou a eleição neste ano para deputado estadual, mas não conseguiu se eleger.