João Amoêdo, fundador do partido Novo, deixou a legenda nesta sexta-feira (25/11), após apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022.
Nas redes sociais, Amoêdo contou como foi a experiência de deixar o Novo, a qual ele disse ter sido feita "com muito pesar".
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“Ao longo dos últimos 33 meses, sob a atual gestão, o Novo foi sendo desfigurado e se distanciou da sua concepção original de ser uma instituição inovadora que, com visão de longo prazo, sem culto a salvadores da pátria, representava a esperança de algo diferente na política”, disse.
Para Amoêdo, o Novo atual, “descumpre o próprio estatuto, aparelha sua Comissão de Ética para calar filiados, faz coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia”.
“O partido, mesmo com o péssimo desempenho eleitoral, com a perda de milhares de filiados e a saída de inúmeros dirigentes, não esboça qualquer sinal de retomar o caminho original”, seguiu. “Ao contrário, a direção da instituição prefere ignorar as evidências, busca silenciar as vozes divergentes, transfere responsabilidades e segue prometendo que ‘agora será diferente’”, disse.
'Não me representa'
Para Amoêdo, o partido agora “não o representa mais”. Ele foi suspenso pela legenda após declarar voto em Lula no segundo turno das eleições.
Na ocasião, o empresário disse ter recebido a notícia com surpresa e indignação.
Com a palavra, partido Novo
Em nota, o partido Novo disse que "respeita a trajetória de João Amoêdo e sua participação na história da sigla, mas lamenta profundamente tais declarações graves e infundadas. Infelizmente, por atitudes e palavras como essas, ele se afastou cada vez mais dos princípios, das ideias e das pessoas do partido."
Ainda segundo a legenda, o Novo "é um partido político democrático e sem dono".